Banner LG_Set 24
Audio e Cinema em casa QUAD__GRANDE
Banner Imacustica Julho 22
Exaudio 10-24
Banner vertical Ultimate Fever 24
GIF Imacustica 2_Agosto 24
Saldos Jan 2025
Banner Logical Design_26 Jun 24

Teac UD-507 e AP-505

Teac UD-507 e AP-505

Miguel Marques

22 fevereiro 2025

O «regresso» de uma marca que é um grande clássico


O UD-507 como pré-amplificador e o AP-505 como amplificador


Comecei a minha audição usando o UD-507 como pré-amplificador, com um Cambridge Audio MXN10 como predecessor, que tem sido a minha referência como componente digital acessível, o AP-505 como amplificador de potência e umas KEF LS50 (modelo original). Tive então a minha primeira desilusão, ao ver o volume numa escala de 0 a 100, o que achei estranho porque sabia que o volume funcionava em passos precisos de 0,5 dB… Mas afinal, no menu, é possível fazer a alteração e termos o volume em decibéis negativos. A partir daqui, comecei por ouvir dois discos do trompetista Tim Hagans, Beautiful Lil (2005, 16 bits-44,1 kHz, Pirouet) e Alone Together (2008, 16 bits-44,1 kHz, Pirouet), ambos com Marc Copland no piano e Drew Gress no contrabaixo, o primeiro com Bill Stewart na bateria e o segundo com Jochen Rueckert no mesmo instrumento. Ambos bem gravados, são muito bem reproduzidos pelo conjunto Teac, com um timbre exemplar na trompete, e com os pratos e tambores da bateria a soarem particularmente espaciais, envolventes e realistas - sendo sempre difícil de separar a contribuição de uma peça da outra, creio que se pode atribuir o «agarrar» das KEF e o controlo e definição dos graves do contrabaixo de Drew Gress à amplificação classe D do AP-505. No piano, as complexas harmonias de Marc Copland ouvem-se com clareza e boa separação, sendo possível ouvir individualmente as várias vozes de cada voicing sem dificuldade - e o timbre é também ele irrepreensível, com um nível de realismo que excede o que seria expectável nesta gama de preço.

Foto 4 Teac UD-507_AP-505

No mundo da música clássica, decidi escutar um pouco da orquestra Sinfonia of London (na sua terceira encarnação, agora dirigida pelo maestro John Wilson), um agrupamento que descobri recentemente e que se dedica muitas vezes à interpretação de repertório mais obscuro. No disco Hollywood Soundstage (2023, 24 bits-96 kHz, Chandos), dedico aos temas dos primórdios de Hollywood e do cinema com som, no standard Laura os Teac criam uma excelente sensação de palco, com a Orquestra a soar «grande», tanto em largura como em profundidade (fruto também da produção do disco). As cordas, nomeadamente os violinos, soam timbricamente correctas, sem vestígios de agressividade ou arredondamento - sem aumentar ou excluir, seguindo o conselho do Pessoa. Nos temas dinamicamente mais pujantes, os Teac conseguem responder sem dificuldades tanto à intensidade dos ataques, como às subsequentes «descidas à terra» - não conseguindo, claro, igualar o que fazem sistemas de topo neste departamento, nem tal seria esperado nesta gama de preço (a capacidade de reprodução de dinâmicas é, na minha opinião, uma das grandes armas dos verdadeiros sistema High- End, e algo fundamental para os aficionados do mundo «clássico»).

Foto 5 Teac UD-507_AP-505

Para terminar decidi escutar o clássico In Utero (1993, 24 bits-96 kHz, Geffen), dos Nirvana - o seu último disco de estúdio. É sempre algo difícil que um sistema soe bem com música mais acústica, como o jazz e a clássica, e com música rock, muito mais agressiva e distorcida, e muitas vezes não muito bem gravada. Mas gostei da performance dos Teac, especialmente na energia e poder com que entregaram o som grunge da banda de Seattle, com as altamente distorcidas guitarras de Kurt Cobain, sempre acompanhadas pelos agressivos ataques de Dave Grohl na bateria (que pena que tenha deixado este instrumento, não desfazendo as suas qualidades como guitarrista e cantor) - tudo isto é particularmente evidente em Very Ape, talvez a melhor canção de entre as menos conhecidas dos Nirvana. Foi também um bom teste ao comportamento dos Teac com gravações menos felizes - e não são excessivamente cruéis com as mesmas, sendo perfeitamente possível ouvir discos menos bem gravados sem ficarmos arrependidos de termos abandonado as colunas Bluetooth (facto que confirmei com outros discos que escutei).

Foto 6 Teac UD-507_AP-505

Como pré-amplificador, o UD-507 pareceu-me ser simplesmente neutro, «saindo» da frente, como é suposto num produto deste tipo - com um controlo de volume muito preciso, o UD-507 permite-nos gerir o volume do nosso sistema sem se impor e esse é um grande elogio (e beneficiado muito do uso de entradas e saídas em XLR, com o seu circuito completamente balanceado). Já o AP-505 segue a linha dos vários Classe D que já aqui testei - pequeno, leve, muito bonito (moderno e vintage ao mesmo tempo), é muito rápido e imediato, com um excelente controlo de graves e transientes presentes e sem o típico arredondamento de outras topologias de amplificação (sendo que, para os mais habituados as válvulas ou som dos Classe A ou Classe A/B, a ausência de «cor» dos Classe D pode requerer alguma habituação.)


» Próxima página (Página 3 - 3/3)

Ajasom marcas 25-02-23
Banner Masimo_Marantz_Abril 2024

Conteúdo

Outros conteúdos

Banner TCL_Jun 2024
B&W Signature 800
Marantz MODEL 10