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Teac UD-507 e AP-505

Teac UD-507 e AP-505

Miguel Marques

22 fevereiro 2025

O «regresso» de uma marca que é um grande clássico


A Teac é uma das maiores marcas de áudio japonesas e uma das mais reconhecidas a nível mundial, com a sua fundação a remeter aos anos 50 do século (e milénio) passado - com o grupo a incluir também a Esoteric (fabricante de produtos High-End) e a Tascam (que fabrica produtos para o mercado profissional). Apesar de produzir alguns componentes de tamanho “normal” (com um look muito anos 90) e alguns gira-discos bastante acessíveis, na parte electrónica a Teac tem lançado acima de tudo produtos pequenos, muito bonitos esteticamente e «acessíveis» (tendo em conta a loucura que parece ter tomado conta desta indústria nos últimos anos).

Foto 1 Teac UD-507_AP-505

E, começando por aqui, os dois produtos aqui em análise - o UD-507 e o AP-505 são muito bonitos e muito compactos (em inglês este tamanho designa-se «letter-sized footprint»), perfeitos para uma casa moderna. O UD-507 é um DAC, um amplificador de auscultadores e um pré-amplificador, tudo em um - já o AP-505 é um amplificador de potência Classe D, baseado nos módulos Hypex Ncore originalmente criados por Bruno Putzeys, que “debita” 70 W a 8 ohm e 115 W a 4 ohm, valores por canal, e que conta com uns muito elegantes vuímetros em tom laranja.

Começando pelo UD-507, temos diversas opções nos (muitos) menus e o controlo remoto é muito bom, sendo relativamente simples e intuitivo executar todas as operações - botões separados para ligar e desligar, controlo de brilho do ecrã, todos as entradas digitais e um botão para alternar entre entrada analógica RCA e XLR; na secção seguinte é possível alterar o ecrã e a sua informação em dois botões diferentes, o filtro de upsampling, o filtro DSD e ainda controlar o menu; por fim temos um controlo para escolhe saída RCA ou XLR, controlos de volume e um mute. Será seguro dizer que se trata do controle remoto mais completo que já vi nesta gama de preço, o que juntando ao excelente design prometia um bom começo.

Foto 2 Teac UD-507_AP-505

Como especificações, o amplificador de auscultadores é completamente balanceado e dual mono, com bastante corrente e três posições de ganho (low/mid/high), para melhor adaptação a cada auscultador. Já no circuito de DAC, a TEAC decidiu abdicar dos comuns ESS e AKM, e escolheu “desenhar” o seu próprio DAC, o TRDD (Teac Reference Discrete DAC) 5, como muitas outras marcas (PS Audio, Chord, DCS, etc…) fazem em alguns (ou todos) dos seus produtos. No que se consegue perceber na explicação online, o UD-507 pega em sinais PCM e passa-os por um FPGA (Field-Programmable Gate Array), sendo que a partir daqui as coisas ficam um pouco confusas… É possível escolher entre três modos de sobreamostragem (2x Fs, 4x Fs, 8x Fs), que fazem esta conversão de forma integral, ou seja, as frequências de 44,1 kHz e 48 kHz, e seus respectivos múltiplos, são convertidas de forma independente de forma a evitar erros de arredondamento (o que é uma excelente prática que, infelizmente, nem todas as marcas seguem). Por exemplo, em modo 8x FS, as frequências de 44,1 kHz, 88,2 kHz e 176,4 kHz são convertidas para 352,8 kHz, enquanto as de 48 kHz, 96 kHz e 192 kHz são convertidas para 384 kHz – os formatos DSD e DXD não são convertidos. A partir daqui o sinal avança para o modulador onde pode ser convertido para DSD (1 bit) ou multibit (não há detalhes exactos sobre a resolução mas, partindo do pressuposto que o comportamento deste modo é igual ao de um chip Delta-Sigma, estaremos a falar de um formato proprietário com 5 ou 6 bits) - sendo ainda possível escolher a altíssima amostragem de saída: 128x Fs, 256 Fs, 512 Fs, que no caso do DSD equivale a DSD 128 (5,6 MHz), DSD 256 (11,2 MHz) e DSD 512 (22,4 MHz), e no caso do modo Multibit assumo que se trata exactamente das mesmas frequências, mas em modo 5 ou 6 bit, para o qual não há nome, creio - ficando por perceber se neste ponto a TEAC manteve os filtros integrais. A partir daqui temos o conversor discreto para analógico, com resistências de alta precisão, em modo dual mono mais uma vez, e um low-pass filter no fim, que apenas se aplica aos sinais DSD (nativos ou convertidos), para eliminar o ruído ultra-sónico que este formato inevitavelmente gera, mesmo quando a amostragem é muito alta (DSD512) - sendo ainda possível aplicar um clock externo, técnica que tem os seus apoiantes e os seus detractores. A partir da conversão para analógico, o sinal é totalmente balanceado e dual mono, sendo ainda possível descodificar sinais MQA, para quem ainda se dedique a tais esoterismos, e usar transmissão Bluetooth com os codecs LDAC, LHDC e Qualcomm aptX HD.

Foto 3 Teac UD-507_AP-505

Em termos de alimentação, e apesar do tamanho compacto e da leveza, este produto usa dois transformadores em vez da mais expectável fonte de alimentação comutada. Para além de entradas / saídas RCA e XLR (uma de cada), temos entradas digitais USB (tipo B, na parte de trás, e tipo C, na parte da frente, ambas com tecnologia Bulk Pet, que melhora a estabilidade da transmissão de informação, uma tecnologia cuja existência desconhecia), coaxial e óptica, uns “pés” isolantes e um estágio de saída pensado com cuidado. No campo dos auscultadores, temos saídas de 4,4 mm, 6,3 mm e XLR e, como já referi, opção para três níveis de ganho (low/mid/high).


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