O UD9004 vai ter que ir algo mais à frente em alguns dos parâmetros que têm a ver com o desempenho, uma vez que vem aureolado com o título de um dos melhores leitores do mundo.
Por definição, um leitor universal deve ser um equipamento cujo nível de desempenho seja igualmente bom para todos os tipos de formatos que aceita, o que significa, se for mesmo universal, tudo, desde o CD Audio, ao DVD Audio, ao Blu-ray, ao HD DVD, e assim por diante.
Pois o UD9004 vai ter que ir algo mais à frente em alguns dos parâmetros que têm a ver com o desempenho, uma vez que vem aureolado com o título de um dos melhores leitores do mundo. O preço está a condizer (um pouco acima dos 6500 euros), por isso não podemos esperar menos que um comportamento acima de qualquer suspeita por parte desta notável proposta da Marantz.
Se, do ponto de vista do áudio, poucas dúvidas restam de que quem tem um nome como o de Ken Ishiwata como embaixador da marca não terá dificuldades em colocar no terreno reproduções memoráveis de originais de áudio, já no campo do vídeo, isto apesar dos excelentes projectores em tempos comercializados pela Marantz, não associamos normalmente esta marca aos melhores produtos desta área. Mas tudo muda de feição quando nos recordamos de que a Marantz pertence desde há uns anos ao grupo D&M Holdings, o qual junta sob o mesmo chapéu, entre outras marcas, a Denon e a Marantz. E se há coisa que a Denon tem feito nos últimos tempos é lançar leitores de Blu-ray que, quase constantemente, são aclamados pela crítica e pelos consumidores. Nada mais natural que exista transferência de conhecimentos em ambos os sentidos, por isso seguramente que o UD9004 recebeu input suficiente de outras origens no que se refere ao processamento de vídeo, talvez mais do que se poderia pensar à primeira vista. Mas sobre isso falarei daqui a pouco.
E o que temos aqui em absoluto? «Apenas» o leitor universal mais completo que existe no mercado, mas com um pedigree que pede meças a que possamos de algum modo considerar o seu preço exagerado (que dizer então do Goldmund Eidos, a cerca de 100.000 euros?). Como dizia a anedota antiga: o preço não é alto, nós é que estamos ganhando pouco e, a julgar pelo andar da carruagem, cada vez ganharemos menos. Mas a qualidade sempre teve um preço, desde tempos imemoriais. No caso do UD9004, diria melhor ainda: há níveis de qualidade a que é difícil atribuir um preço.