Novas gamas de televisores para 2025 analisadas ao pormenor e em exclusivo antes da sua apresentação oficial.
Em termos resumidos, as novas linhas para 2025 e início de 2026 têm as seguintes características principais:
• C9K e C8K: painéis Mini-LED com um elevado números de zonas de luminosidade controlada (dimming zones), com suporte para 120/144 Hz, melhoramento da emissão na tecnologia QD e amplos ângulos de visão (painel de tecnologia White HVA).
• C7K: agora disponível em 115 polegadas, disponibilizando elevados níveis de ajuste e regulação avançada a preços mais acessíveis.
• C6K: um novo ponto de entrada para o Mini-LED, substituindo a C655 Pro e evoluindo de painéis de 50 Hz para os de 120 Hz.
• X11: o porta-estandarte, oferecendo o formato Mini-LED mais fino, com 25 mm de espessura do painel na zona mais profunda, e 14 000 zonas de regulação.
As tecnologias QD e QDEF permitem diversas melhorias, incluindo em termos ecológicos.
A linha 2025 da TCL não aposta em tecnologias radicais, antes apoia-se significativamente na base que levou os últimos cinco anos a ser melhorada. A empresa está claramente focada na implementação prática do Mini-LED em escala, enquanto continua a desenvolver em paralelo alternativas OLED, tendo em vista a utilização em monitores e aplicações para computadores portáteis.
A TCL apresentou dados claros que mostram que os ciclos de substituição de televisores estão a diminuir, mas a popularidade dos monitores de grande formato está a acelerar. As vendas de televisores de 98 polegadas na Europa estão a crescer significativamente — de 90 000 unidades em 2023 para uma projecção de 250 000 em 2025. Entretanto, o segmento com preços abaixo dos 1 000 euros está a assistir a uma crescente penetração de televisores Mini-LED, enquanto o OLED enfrenta dificuldades com a escalabilidade e o rendimento em tamanhos maiores.
Detalhe das características de um ecrã 4K da nova gama da TCL.
A TCL estima que o Mini-LED conquiste até 50% do segmento premium (500 € a1000 €) nos próximos 18 meses, especialmente em regiões como os países nórdicos e a Polónia, onde as TVs com dimensões de ecrã maiores que 55 polegadas já representam mais de metade do volume.
A produção de painéis da TCL na China abrange desde a geração 8.5 até à geração 11, permitindo à empresa produzir de tudo, desde dispositivos inseridos no vestuário a televisores de 115 polegadas. Ficou bem claro que o Micro-LED continua a ser um conceito, e não um produto viável para o mercado de massas, como resultado de questões não resolvidas tais como o rendimento, a complexidade da transferência em massa e o custo.
Em face de tudo isto, a TCL está a concentrar-se em: Mini-LED RGB com conjuntos de lentes avançados; OLED impresso a jacto de tinta (IJP-OLED) para monitores; protótipos de pontos quânticos electroluminescentes (QD-EL), ainda em I&D.
TCL 65C9K
Os dados internos da TCL — e as análises de conteúdo no local — destacaram uma verdade simples, mas importante: a maioria dos utilizadores vê conteúdo standard no melhor dos casos a 1080p, quando não 1080i (canais de TV ou subscrições de streaming de baixo custo). Apesar de as especificações de TV apresentarem uma capacidade HDR superior a 2 000 nits, grande parte do conteúdo actual tem, em média, menos de 1 nit em termos de APL (nível médio de imagem), mesmo no caso de conteúdos compatíveis com os formatos HDR e com o Dolby Vision.
A TCL mostrou como o seu mapeamento de tonalidades lida com estes conteúdos, com gráficos em tempo real retirados de conteúdos tipo dos serviços de streaming. A sua abordagem ao HDR inclui mapeamento dinâmico Dolby Vision, adaptação à luminosidade ambiente e modos seleccionáveis pelo utilizador para exibir conteúdos HDR sem necessidade de um reforço excessivo dos níveis de luminosidade.
A TCL expandiu de forma assinalável o número de zonas de escurecimento, com os modelos principais a oferecerem agora até 14 000 zonas controladas - televisores Mini-LED de entrada começam com aproximadamente 180 zonas. Foi possível comparar modelos antigos (das gamas de 2016 a 2021) com aparelhos de 2025 numa demonstração com luz ambiente controlada, o que permitiu que nos apercebêssemos de como evoluiu a tecnologia de controlo local de luminosidade.
Estes são os principais destaques em termos dos novos ecrãs:
• O escurecimento híbrido DC + PWM garante um Brilho baixo sem cintilação.
• Precisão de 23 bits utilizada para gradação de cenas escuras.
• As lentes óticas evoluem de formatos de cúpula para “supermicrocondensadores”, minimizando os artefactos de halo.
• Os modos de brilho HDR podem agora ser bloqueados em modo sustentado para maior precisão.
• Entradas HDMI que aceitam uma frequência de refrescamento de 144 Hz nos modelos premium.
• Conversão adaptável da taxa de fotogramas que detecta automaticamente o tipo de conteúdos: filme / desporto/ jogo.
• MEMC de baixa latência em modo de jogo com um atraso inferior a 1 quadro.
• Modo do Realizador (agora activado automaticamente através de impressão digital ACR.)
A 11K é a nova topo de gama da TCL e pode ter até dimensões de ecrã de 98 polegadas.
A integração com o Google TV da TCL é consistente nos mercados da Europa Ocidental, como a Alemanha e o Reino Unido, mas varia nos países da Europa Central, como a Polónia, onde os serviços de back-end permanecem limitados. A interface do utilizador foi reformulada com: acesso mais fácil aos controlos de movimento, HDR e nível de gama; ferramentas de calibração avançadas (incluindo controlo do HDR10 e predefinições de calibração do Modo do Realizador): controlo por voz, estando previsto que o Google Gemini comece a ser implementado nos EUA e, posteriormente, na Europa; três aplicações de controlo remoto disponíveis de origem; os controlos remotos físicos utilizam, em função da gama, um corpo de plástico ou de metal.
Colunas TCL Z100 com a tecnologia FlexConnect.
A TCL está também a aplicar a sua tecnologia que combina o Mini-LED e o QD em monitores para jogos, com suporte até 300 Hz e HDMI 2.1 + DP. Os tamanhos dos monitores variam entre 24 e 57 polegadas, com variantes de painel que vão desde modelos com 80 zonas até mais de 2.000 zonas.
A empresa procura diferenciar-se através de vantagens únicas: fabrico interno do painel (sem dependência de terceiros); controlo de tonalidade de cor True HDR; suporte de cores Rec.2020 melhorado através da tecnologia QD.
Em termos de sustentabilidade destaca-se a redução dos materiais utilizados na embalagem, tendo em vista melhorar a eficiência do transporte. Alguns modelos são agora fornecidos com classificações energéticas da Classe D, e certos materiais, tais como retardadores de chama, foram minimizados.
A equipa da TCL responsável pela organização do evento. Da direita para a esquerda: Bartosz Adamczewski, Marcin Gerlach, Christian Jucquois e Marek Maciejewski.
A linha 2025 da TCL apresenta assim actualizações incrementais, bem relevantes, em todos os aspectos. A ênfase está na qualidade de imagem escalável, na performance com conteúdos HDR controlada pelo utilizador e na flexibilidade nas definições de áudio. A mudança para diagonais de ecrã de 98 a 115 polegadas e a utilização de ecrãs Mini-LED com mais zonas de luminosidade controlada são também melhorias significativas, especialmente para aqueles que querem tirar o melhor partido possível do equipamento que compraram a ajustar as características de reprodução de imagem de acordo com o seu gosto pessoal. Agora é esperar pela chegada destes novos modelos às nossas lojas, o que irá acontecendo a pouco e pouco, com as gamas 6K, 7K, 8K e 9K a serem já anunciadas pelas grandes superfícies.