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Q Acoustics 3020c

Q Acoustics 3020c

Miguel Marques

5 julho 2025

Um palco sonoro particularmente impressionante, não apenas na sua dimensão mas também na precisão de colocação de cada instrumento.


Ainda adolescente, pelo menos em termos dos standards anglo-saxónicos, a Q Acoustics teve uma entrada de leão no mercado da alta-fidelidade em 2006, com muitos prémios junto da imprensa e, suponho, excelentes resultados comerciais - são colunas extremamente populares pelos vários fóruns e afins que povoam a Internet. A missão da marca, desde o início, é fazer bons produtos mas acessíveis e, a julgar pelas críticas online, tem sido muito bem-sucedida nessa missão - e para isso também contribuirão as muitas inovações tecnológicas da companhia como o Gelcore, o Dual Gelcore, P2P, HPE, entre outras (ver link em baixo, onde fica bem patente que a componente científica é parte fulcral do DNA da Q Acoustics).



Q Acoustics-Technology

Foto 1 Q Acoustics 3020c

E a minha iniciação à marca britânica deu-se com umas monitoras 3020c, num bonito acabamento em madeira (existem quatro disponíveis ao todo). E a primeira surpresa foi a profundidade destas colunas, apesar de não serem particularmente altas ou largas - deve ter sido em conta que os suportes que se usem com as 3020c sejam bastante profundos (ou, talvez mais seguro, se deva optar pelos da marca). Algumas das inovações da linha Concept, a topo de gama da Q Acoustics, foram transportadas para este modelo de entrada, como a caixa particularmente inerte (uma característica sempre presente nas Q Acoustics), através do uso de uma tecnologia point to point, o uso de um altifalante de graves curvo e de um tweeter hermeticamente isolado, que conta também com um ponto de crossover mais baixo que o habitual (2,6 kHz).

Em termos de especificações, as 3020c são possuem dois altifalantes, um de médios-graves e um tweeter, que garantem uma resposta dos 60 Hz aos 30 kHz (-6 dB), e um pórtico traseiro que recomenda, em termos de colocação na sala, alguma distância à parede traseira. Com uma impedância nominal de 6 ohm (mínima de 3,7 ohm) e uma sensibilidade de 87 dB, as Q Acoustics deverão ser relativamente agnósticas na escolha de um amplificador.

Foto 2 Q Acoustics 3020c

Feitas as apresentações, comecei as minhas escutas, acompanhando as 3020c com um Rotel RA-12 e um Eversolo A6 Master Edition Gen 2 e com a música a ser servida por um NAS a correr MinimServer, usando o protocolo uPnP. O primeiro disco que escolhi ouvir foi Riding with the King, colaboração de 2000 entre Eric Clapton e B. B. King, aqui na versão de SACD de 2015 da Audio Fidelity (com remasterização de Steve Hoffman feita a partir das fitas originais) ripada para FLAC em 24 bit/88,2 kHz. As 3020c tiveram uma boa prestação, com o rimshot de tarola em When my Heart Beats Like a Hammer a soar particularmente realista, ou a facilidade com que se distinguia os timbres dos solos de strat de Eric Clapton ou de 335 de B. B. King - gostaria talvez de ter ouvido um pouco mais de peso nos graves, mas é preciso não esquecer que estamos a falar de colunas que custam menos de 500 € (e li também em comentários online que o uso dos suportes da marca ajudam estas 3020c a produzir mais graves, o que faz sentido). A colocação das guitarras, que a produção do disco, inteligentemente, colocou em hard panning, com Eric Clapton à esquerda e B. B. King à direita, são perfeitamente claras, com as 3020c a mostrarem uma notável precisão na sua imagem estéreo.

Foto 3 Q Acoustics 3020c

Segui depois para o clássico de jazz Soul Station (1960), do saxofonista tenor Hank Mobley (o campeão de peso médio do saxofone tenor), aqui na versão XRCD «ripada» para FLAC, com uma magnífica remasterização de Alan Yoshida. Impressiona imediatamente a imagem estéreo que as 3020c proporcionam, com excelente separação mas sem perder coesão, e com uma boa imagem central, por exemplo, nos solos do pianista Wynton Kelly (em grandíssima forma, neste disco) - aliás, todos os instrumentos têm uma precisão de colocação fantástica e, diria, inesperada para o preço. Os graves, que no próprio disco não são abundantes, levaram aqui um ligeiro aumento nos 125 Hz, cortesia da equalização do Eversolo, o que ajudou bastante. Diga-se também que nos graves há sempre uma luta entre corpo e definição e que, nesta gama de preço, é preciso fazer escolhas - há altifalantes que, ao optar por mais corpo nos graves, sacrificam com isso definição, e esse não é caso aqui, as 3020C não vão muito fundo, mas os graves que têm são muito bem definidos.

Foto 4 Q Acoustics 3020c

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