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Bluesound NODE NANO

Bluesound NODE NANO

Miguel Marques

29 setembro 2024

Um competidor de peso para o pódio dos streamers acessíveis.


Comecei então a minha audição, acompanhado por um amplificador Cambridge Audio CXA81 V2 e umas colunas Sonus Faber Sonetto I G2 - o que poderia ser um teste duro para o NANO, dado a diferença de preço para estes componentes. Escolhido o disco de jazz Sweet Soul (1992, 16-44) do baterista americano Peter Erskine, muito bem gravado, com um Dynamic Range de 15, o NANO não se deixou intimidar pelos seus parceiros mais caros e esteve (muito) à altura dos acontecimentos. Que hoje em dia um produto de 350 € soe tão bem não deixa de ser impressionante - boa apresentação espacial, graves presentes sem se embrulharem e um tempo de resposta rápido e directo, não é possível pedir mais nesta gama de preço.

Foto 6 NODE NANO

Em seguida dediquei-me ao grupo The Amsterdam String Quartet e à música do compositor austríaco Joseph Haydn (2015, 24/192), um dos mais ilustres representantes do movimento clássico - seguramente um teste mais exigente a este Bluesound NANO. Mas, sem tremer, o NANO entrega estas peças sem esforço, com particular destaque para o detalhe e extensão dos agudos, uma característica comum a quase todos os produtos que empregam conversores D/A da ESS, e para a boa separação instrumental, nunca embrulhando os instrumentos uns nos outros, e sendo sempre possível acompanhar as quatro vozes em simultâneo - para os possuidores de ouvidos mais polifónicos. Tanto escala como saltos dinâmicos são bem reproduzidos, mas claro que sem a massa sonora e o impacte entre as passagens mais baixas e as passagens mais altas que sistemas mais caros conseguem entregar - o que se compreende, estamos a falar de um produto muito acessível e não se esperaria nunca que conseguisse tocar como produtos que custam largos milhares de euros…

Já no domínio do rock, decidi virar-me para o clássico Abraxas (1970, 16-44.1, Mobile Fidelity) do guitarrista hispano-americano Carlos Santana, um dos mais ilustres representantes do seu instrumento. Com clássicos como Black Magic Woman, Oye Como Va ou Samba Pa Ti, e em cuidada edição da Mobile Fidelity, o NANO apresenta um PRAT (Pace, Rhythm and Timing) muito interessante, deixando-nos rapidamente a bater o pé - e, neste género de discos, mais do que a fidelidade, é a capacidade de passar energia que conta e o NANO consegue fazê-lo facilmente. Boa nota também para a sensação espacial das percussões hard panned, presentes em todo o disco.

Para concluir fiz uma breve comparação com o MXN10 da Cambridge e concluí que são muito parecidos sonicamente - em termos de especificações, o Cambridge tem UPNP e Chromecast e é feito integralmente de metal; já o NANO tem uma App (ligeiramente) melhor, é mais pequeno e mais barato - caberá ao leitor decidir quais destas características são mais relevantes para si e fazer a sua escolha.

Foto 7 NODE NANO

Finalizando este longo texto, os audiófilos têm o direito de se sentir mimados no que toca a bons e baratos produtos de streaming - e o NANO é mais um a adicionar à lista. Com a muito boa qualidade de som que os conversores ESS Sabre permitem hoje em dia, inclusive usando circuitos de saída muito simples, o Bluesound apresenta também uma excelente App - que se contasse com UPNP e duas ou três melhorias muito simples elegeria rapidamente como a melhor opção do mercado a nível de software: rápida, simples e bonita, é mesmo uma excelente aplicação, particularmente para quem se foque mais em streaming que em ficheiros, o que já creio ser a esmagadora maioria dos utilizadores destes produtos (para quem ouve ficheiros e tem servidores bem organizados, creio que o UPNP ainda leva alguma vantagem, particularmente para ouvir discos por ordem). Quer construindo um primeiro sistema de hi-fi simples quer construindo um segundo sistema, por exemplo, para uma segunda casa ou um segundo espaço - o NANO é uma excelente forma de começar na alta-fidelidade e permite, por um preço muito moderado, ter um excelente vislumbre do que este mundo permite aos ouvintes mais exigentes.


Nota Final: BluOS e o mistério das capas desaparecidas


Como disse acima, fiquei um pouco perplexo quando, após indexar a minha biblioteca de musica (inteiramente constituída por ficheiros FLAC, todos eles com capas embutidas), alguns discos não mostravam a respectiva capa - o que nunca me tinha acontecido até hoje, e já experimentei quase todos os softwares / servidores existentes. Lembrei-me que já tinha ouvido outras pessoas com o mesmo problema e sem resposta aparente, deixando então em baixo uma descrição de como resolvi o problema em ambiente Android e Windows (assumo que também resolva em iOS e macOS, mas não tenho como confirmar).

Na secção Settings / Music library temos a opção Network share (onde introduzimos a pasta que queremos adicionar a biblioteca) e ainda mais três opções: Reindex music collection (quando queremos que o BluOS faça uma busca por alterações na pasta que escolhemos), Optimize artwork (o cerne do problema) e Enable server mode (que permite partilhar esta biblioteca BluOS por toda a rede e que não tem relevância para a questão em causa).

Em teoria, a opção Optimize artwork resolve o problema da falta de capas, mas na prática não. Qual é então o problema? Em primeiro lugar, torna o processo de indexação muito lento (como aliás a Bluesound na própria App reconhece) e, no final, não apresenta os resultados esperados, pelo menos na minha experiência - teoricamente converte todos os ficheiros que superam uma certa resolução / tamanho para um formato que o Bluesound consegue mostrar mas não foi isso que aconteceu no meu caso - experimentei inclusive com discos numa pen o mesmo processo e também não resultou. Como de costume dirigi-me ao Google e há bastantes discussões sobre o assunto porque já muitos utilizadores da Bluesound se depararam com este problema… Mas poucas soluções. Ao fim de algumas tentativas descobri o problema, que está bem explicado pela Bluesound em alguns sítios e não tão bem noutros - resumindo, o BluOS não processa imagens com tamanho superior a 600 kB, quer sejam embutidos, que sejam ficheiros do género cover.jpg na própria pasta (a resolução, ao contrário do que li online, não é um problema, consegui por exemplo ver sem problema uma capa 4000x4000, porque estava abaixo de 600 kB).

Bluesound NODE NANO Lifestyle_BIRDSEYE_IPAD_H

Isto significa portanto que a melhor solução passa por desligar a opção Resize artwork (a indexação da minha biblioteca foi muito mais rápida com esta opção desligada, menos de dez minutos) e voltar a embutir ficheiros novos ou adicionar ficheiros cover.jpg na pasta do disco mas obrigatoriamente abaixo de 600 kB - o que é um pouco trabalhoso mas só precisa de ser feito uma vez e melhora bastante o browsing da biblioteca ao ver todos os discos com a respectiva capa (e tira-se maior partido da excelente secção now playing do BlueOS). O BluOS dá preferência e funciona melhor com ficheiros cover.jpg do que com ficheiros embutidos - e caso já tenha uma biblioteca inteira com capas embutidas, o software MP3TAG permite de forma rápida e simples salvar todos esses ficheiros na própria pasta do disco com o nome cover.jpg; o site resizepixel permite também de forma rápida converter todos os ficheiros para um máximo de 600 kB. Após a actualização de todas as capas, há mais uma vez um “truque” - teoricamente a opção Reindex music collection permitiria mostrar as novas capas, mas não; esta opção apenas busca por novos ficheiros ou por ficheiros eliminados. Para mostrar as novas capas é necessário ir a Help / Diagnostics / Rebuild Index e toda a biblioteca será novamente indexada do zero e as novas capas já aparecem certinhas. Peço desculpa pela explicação um pouco longa, mas espero que possa ajudar utilizadores desta plataforma a resolver este problema, que me pareceu ser bastante comum online - em baixo seguem alguns dos links referidos e uma simplificação dos passos a dar:


Why-are-some-of-my-Album-Cover-Art-too-large-or-missing?

Easy-way-to-add-fix-cover-art-Make-existing-cover-art-feature-work-better

Resizepixel.com

Mp3tag


1) Construir uma biblioteca com a opção Resize artwork desligada

2) Verificar que capas faltam e convertê-las para um tamanho menor que 600 kB, quer sejam ficheiros cover.jpg na própria pasta do disco, quer sejam embutidas (muitos programas e sites online fazem esta conversão, como o resizepixel.com)

3) Help / Diagnostics / Rebuild Index

4) Feito!


Streamer Bluesound NODE NANO

Preço                 349 €
Representante   Esotérico

Ajasom marcas 25-02-23
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  • Streamer

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