Um som muito para além do seu tamanho.
A conhecida marca italiana Sonus faber, sobejamente conhecida no mercado high-end, tem apresentado nos últimos anos novas propostas nos segmentos mais baixos do mercado, como as Lumina, as Lumina Amator e as Sonetto - e aqui em teste estão as novas Sonetto I G2, as mais pequenas (e mais acessíveis) desta nova (renovada) gama. Apesar de não ter feito o teste das Lumina II, tive o prazer da sua companhia durante alguns meses e estava curioso para ouvir eventuais diferenças face a estas Sonetto I G2.
Se há coisas que nunca faltam nas colunas Sonus faber é design, e estas Sonetto não desiludem - são muito bonitas, fiéis ao design italiano, e facilmente identificáveis como colunas Sonus faber com o seu formato semelhante ao de um alaúde. Como característica invulgar, e que me pareceu ser comum a toda a gama, temos uma base em betão - que talvez tivesse ficado melhor pintada, para não destoar tanto do resto do acabamento. Esta base permite, segundo a Sonus faber, melhorar a estabilidade dos altifalantes, e minimizar vibrações - como não é nem opcional nem passível de ser removida, não consegui fazer testes para confirmar o seu impacto, embora faça todo o sentido que uma base deste género melhore a performance. Ao mesmo tempo, existem uns recortes rebaixados nessa base que funcionam de modo semelhante ao de um pórtico reflex, embora com um controlo muito mais eficiente. Já as grelhas são removíveis, e todo o teste foi feito sem as mesmas, como sempre prefiro - foram também usados os meus suportes em vez dos da própria Sonus faber. Com uma impedância nominal de 4 ohm, graves a atingir os 52 Hz e sensibilidade de 86 dB, é provavelmente necessária alguma cautela na escolha de amplificação.
Uma das características que notei logo à partida, foi a ausência de pórtico, traseiro ou dianteiro, assumindo então que se tratava de um sealed box design, como acontece com as Magico ou com as ATC. Mas não é bem assim - estas colunas usam um sistema apelidado de Intono, retirado das gamas Amati e Serafino Homage e que combina, em teoria, as vantagens das caixas fechadas e das caixas com pórtico… Muito curioso. Já o tweeter, foi apelidado pela Sonus faber como “Silk Dome DAD (Damped Apex Dome)”, tecnologia que promete um bom desempenho dos agudos - assim iremos ver. Quanto ao altifalante de médios/graves tem por nome Camelia e vem da gama Suprema (o topo das Sonus faber, creio), sendo suposto ter uma excelente resposta off-axis - e foi nesse mesmo posicionamento que preferi escutar estas monitoras, com algum afastamento da parede. O acabamento do modelo testado era tipicamente Sonus faber, em madeira natural de poros abertos, com a beleza inimitável do grão da madeira. Mas as Sonetto estão igualmente disponíveis nos acabamentos preto e nogueira.