Uma enorme transparência
Fundada no início da década de 90, a PMC (Professional Monitor Company) começou por se afirmar no mercado profissional, particularmente no mundo das monitoras de estúdio (onde conseguiram arrecadar um EMMY devido aos muitos contributos nesta área) - só mais tarde entrando na alta-fidelidade. Sendo colunas cujo preço se aproxima muitas vezes do high-end, a recente introdução da gama Prodigy traz como chamariz o acesso ao som PMC a um preço muito mais acessível - particularmente nestas Prodigy 1, as mais baratas desta nova gama.
O design é muito simples, mas funciona, e nem sequer há escolha de outros acabamentos - como dizia Henry Ford: qualquer cor, desde que seja preto. E, para serem realmente umas PMC, e apesar do seu baixo preço, as Prodigy 1 incorporam as duas tecnologias mais famosas da marca, ambas para melhorar o desempenho dos graves - o pórtico frontal Laminair e a tecnologia ATL (Advanced Transmission Line), que transmite os graves para esse mesmo pórtico e que resulta numa tecnologia diferente dos pórticos mais comuns (a tecnologia mais habitual, sejam dianteiros ou traseiros) ou das caixas fechadas (em inglês), muito menos habituais, mas que marcas prestigiadas como a ATC ou a Magico usam. Não querendo aborrecer excessivamente o leitor com tecnicidades, seguem os links abaixo, para quem gosta de saber mais sobre estas coisas. Duas notas finais - as grelhas e os suportes não estão incluídos, mas estão disponíveis como extras e adicionam ao custo das colunas (o teste foi feito com os meus suportes), sendo que a PMC não produz este tipo de acessório, embora recomende o uso de um modelo fabricado em parceria com a marca britânica Custom Design, link também abaixo).
Suportes Prodigy One_Custom Design
As especificações destes Prodigy 1 são relativamente simples: um formato duas vias (woofer de 5,25 polegadas e tweeter de 1 polegada), impedância nominal de 6 ohm e mínima de 5 ohm (esta última não é fornecida pela marca, mas pode ser encontrada nas medições publicadas em alguns testes de revistas estrangeiras), e com uma sensibilidade de 87,5 dB, com as referidas medições a sugerirem situar-se mais perto de 85,8 dB. Traduzido por miúdos, a relativamente baixa sensibilidade recomenda alguma potência na amplificação mas a muito benigna impedância mínima permitirá uma mais vasta escolha de parceiro. No crossover temos um filtro com uma pendente relativamente agressiva de 12 dB por volta dos 1,7 kHz – segundo a marca, esta opção por um corte mais pronunciado melhora a resposta fora do eixo principal –, e uma resposta em frequência de 50 Hz a 25 kHz, variação de ±3dB ao longo desta gama.