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Diptyque DP 160 MKII

Diptyque DP 160 MKII

Jorge Gonçalves

8 julho 2024

Um degrau acima na evolução da espécie


Este é o terceiro produto da Diptyque que esteve em minha casa e, para variar, este teste é uma estreia, pelo menos no site da Diptyque nada consta em termos de análises que tenham sido publicadas nem um pesquisa no Google conduziu a quaisquer resultados. Já testei as DP 160 na sua primeira versão e, mais recentemente,  as DP 140 MkII e chegou agora a vez de um pequeno tira-teimas entre estas últimas e as 160 MkII, tendo os dois pares residido em simultâneo em minha casa por um período bem razoável de tempo, graças aos bons préstimos da Ultimate Audio.

Foto 1 teste Diptyque DP 160 MkI


Descrição técnica


Em face da tecnologia de base utilizada pela Diptyque é a mesma para os vários modelos, vou fazer aqui uma breve súmula do que na altura escrevi sobre os conceitos tecnológicos por detrás das DP 160, com as devidas adaptações na parte final desta descrição.
Umas colunas de painel consistem fundamentalmente numa estrutura tipo moldura, que suporta no seu interior uma membrana que vibra, agitando o ar e produzindo assim o som. Dependendo da tecnologia que dá origem ao movimento do painel, podemos dividi-las em quatro tipos principais: magnetoestáticos, magnetorestritivos, electrostáticos e as chamadas colunas de modo distribuído, desenvolvidas pela NXT há uns anos mas pouco interessantes para aplicações em áudio de qualidade,
Começando pelos colunas electrostáticas, aqueles que, como muitos dos que me seguem há anos já sabem de cor que conheço melhor, consistem, de uma maneira simples, num filme fino de mylar sobre o qual de aplica uma camada de grafite para lhe conferir um certo nível de condutividade, e a que se aplica uma tensão elevada que pode chegar aos 4…5 kV. Na frente e na traseira desse diafragma de mylar existem dois painéis metálicos perfurados aos quais se aplica o sinal de áudio depois de ter sido amplificado para poder atingir igualmente tensões da ordem de 1 kV, usando-se para isso um transformador. Os sinais aplicados na frente e na traseira estão em oposição de fase pelo que o painel de mylar é sujeito a forças de atracção e repulsão das quais resulta a movimentação do ar, ou seja, som.

ppbm_2020

Os painéis magnetoestáticos são de um tipo semelhante mas neste caso temos uma membrana de filme fino colocado em frente a um conjunto bastante grande de ímanes magnéticos que criam um campo muito intenso. Sobre a membrana de mylar ou outro material plástico colam-se folhas de alumínio muito fino, as quais são percorridas pela corrente produzida pelo sinal de áudio, ou seja, neste caso, em vez de tensões elevadas estamos a falar de correntes elevadas. Para aumentar o rendimento podemos utilizar diversas técnicas tais como colocar ímanes na frente e na traseira da membrana para um funcionamento em push-pull, e/ou ainda utilizar fitas de alumínio com dobras (ribbon) para aumentar a área de actuação. De acordo com a informação patente no site da marca, Gilles Douziech e Eric Poix, os criadores destas colunas de painel, compararam e experimentaram todas as tecnologias de altifalantes existentes no mercado: electrodinâmicos, de alto rendimento, electrostáticos, de fita nas suas diferentes versões, altifalantes rígidos de diafragma planam e assim por diante. Acabaram por chegar à conclusão que a tecnologia que permite que a música seja reproduzida com mais naturalidade é a que dá origem às colunas isodinâmicas, também designadas magnetoestáticos, em face das seguintes características:

• Difusão para uma grande área por onda plana, o que permite uma audição imersiva sem efeito de projecção sonora.
• Funcionamento como dipolo, para uma excelente recriação do palco sonoro.
• Membrana de mylar extremamente fina (12 µm) com alta velocidade de resposta e sem atraso na reprodução de transientes.
• Utilização do mesmo tipo de diafragma nos graves e nos médios, ou mesmo nos agudos, o que proporciona consistência no comportamento dinâmico ao longo de todo o espectro audível.
• Sendo a traseira aberta não há “som de caixa”, um efeito que acaba sempre por retirar clareza à gama média. Como resultado, os timbres das vozes e instrumentos são respeitados de modo muito mais correcto.
• Performance consistente, equilibrada e detalhada, mesmo a baixo volume.
• Uma impedância quase constante e puramente resistiva que não representa uma carga complexa ao amplificador.
• Alta fiabilidade ao longo do tempo, pois estas colunas não necessitam de uma polarização em alta tensão.

dp160_flèche

As DP 160 MkII possuem duas membranas de graves / médios com uma área total de 0,36 m2. Estas membranas funcionam segundo a tecnologia exclusiva PPBM (Push Pull Bipolar Magnet), um sistema patenteado: os ímanes bipolares de grande área, fabricados de acordo com a especificação da Diptyque, estão localizados na parte frontal e traseira do diafragma e permitem manter as fitas de alumínio dentro de um campo magnético constante e uniforme quando a membrana se move, garantindo uma resposta estendida ao nível dos graves e transientes perfeitamente controlados, e a tensão mecânica de distensão da membrana de cada painel é calibrada para obtenção de graves mais extensos e lineares. O tweeter de fita TW116 tem uma membrana de mylar de 55 cm de comprimento e é produzido como se fosse uma célula isodinâmica – filme de mylar e bobina de alumínio – que se move dentro de um intenso campo magnético produzido por ímanes de neodímio. Na versão anterior das DP 160 o tweeter estava montado num painel lateral de bétula finlandesa desacoplado da estrutura principal mas, tal como nas DP 140 MkII, a unidade de agudos está agora montada na mesa estrutura da de médios/graves, o que aumenta a rigidez estrutural do conjunto. Uma fita de cabedal que pode ter quatro cores diferentes dá um toque de cor e requinte à estrutura de metal, a qual tem as cores standard preto e branco, embora, em termos de personalização, o cliente possa escolher qualquer uma das 160 cores disponíveis no catálogo RAL.

O crossover localizado na base do painel lateral de madeira tem uma estrutura simples (pendente de 6 dB por oitava) e é construído utilizando componentes de altíssima qualidade fabricados em França: bobina de núcleo de ar, condensadores de polipropileno com estrutura de estanho e resistências não-indutivas.

Foto 2 teste Diptyque DP 160 MkI

As especificações são como segue: topologia de 2 vias, sensibilidade de 87dB/W/m e impedância de 6 Ohms. A resposta em frequência estende-se dos 30 Hz aos 22 kHz, a potência máxima admissível é de 200 W, sendo recomendado um valor mínimo de 60 W para a potência de saída do amplificador e as dimensões (altura / largura / profundidade) de 1610x530x47 mm, para um peso de 50 kg. È no peso, que subiu praticamente 20 kg, que se nota a melhoria que as colunas tiveram em termos de rigidez estrutural, embora por outro lado isso torne mais difícil movimentá-las pois terão que ser duas pessoas a levá-las de um sítio para o outro. Mas esta é uma questão que se coloca raramente, a não ser que se tenha a profissão de crítico de áudio…


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