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Plixir Elite BDC 2 A

Plixir Elite BDC 2 A

Jorge Gonçalves

12 fevereiro 2024

Energia de qualidade gourmet para o seu sistema de áudio


A Plixir apareceu no final do ano passado no nosso mercado, pelas mãos da Exaudio, e não há dúvida que tem dado que falar. De facto, a possibilidade de alimentar um ou mais equipamentos de um sistema de áudio com corrente contínua de alta qualidade faz todo o sentido, principalmente quando se tem em conta o vasto número de equipamentos que hoje em dia utilizam fontes de alimentação externas, do tipo «ligar directamente à tomada», mais vulgarmente designadas por alimentadores. Assim de repente, posso mencionar os seguintes tipos de equipamento: conversores D/A, routers, comutadores de Ethernet, caixas (boxes) para televisão por cabo, gira-discos e assim por diante. Portanto, oportunidades não faltam, mas é melhor primeiro ter uma ideia do que é que a Plixir tem de diferente para propor…

Foto Plixir_1

Descrição

No seu site a Plixir começa por dar um grande destaque a um aspecto muitas vezes negligenciado – a ligação em muitos casos comum entre a massa / caixa do equipamento, a terra de protecção da alimentação do sector e o terminal comum da tensão de alimentação dos circuitos electrónicos. De facto, um dos problemas mais comuns em qualquer instalação eléctrica é que a ligação á terra não é de muito boa qualidade: pensem num edifício de apartamentos em que a terra está localizada num piso subterrâneo e o utilizador da energia vive num oitavo ou nono andar. Para chegar até ele houve um conjunto de derivações a serem implementadas e a distância final até ao terminal de terra pode chegar a atingir 40 ou 50 metros. Por outro lado, a ligação à terra (terra de protecção, bem entendido) é hoje em dia implementada com varões embebidos nas fundações, no melhor dos casos através de anéis distribuídos por vários pilares de modo a tentar definir uma ligação equipotencial. Para tudo dar certo é necessário que os varões ou anéis de ligação à terra (eléctrodos de terra) estejam inseridos numa estrutura com um grau de humidade relativamente elevado, no mínimo 80 a 90% o que, quanto muito poderá ser verdade se o prédio tiver sido construído perto de uma zona de passagem de água, situação não muito recomendável por outras razões bem óbvias.

Foto Plixir_2

Assim sendo, o mais natural é que a chamada resistência de terra que por norma dever ter um valor standard inferior a 20 ohm, acabe por ter valores da ordem das centenas de ohm, o que significa que o cabo de ligação á terra deixa de cumprir eficazmente a sua função e, pior que isso, funciona na prática como uma antena capotando sinais provenientes de interferências magnéticas e electromagnéticas. É evidente que não é aconselhável que se acrescentem estas interferências ao nosso sistema, embora isso seja algo que acontece naturalmente devido ao facto de os diversos equipamentos terem a ligação à terra e a ligação à massa da alimentação ligadas entre si para cumprir as diversas normas de protecção dos utilizadores. Pode-se obviar esta situação através de algo denominado duplo isolamento em que temos como que uma caixa dentro de uma caixa (situação extrema) ou então não existe ligação entre o terminal comum da alimentação e a terra.
A Plixir implementa esta última situação mas, além disso, minimiza ainda mais todas as possibilidades de interferência ao utilizar um transformador de construção especial, com um único enrolamento bifilar quer no primário quer no secundário, com uma distribuição uniforme das espiras de modo a que haja um cancelamento perfeito das interferências transportadas pela fase e pelo neutro que com este tipo de construção estão em oposição de fase em relação à tomada média do transformador que assim pode ser ligada à terra sem qualquer problema. Estes transformadores são fabricados pela Noratel e em versões diferentes para 120 e 230 V, ou seja, sem enrolamentos extra para seleccionar diversos valores da tensão de sector para evitar desequilíbrios.
Tive a oportunidade de experimentar duas fontes de alimentação da Plixir, ambas capazes de fornecer uma corrente máxima de 2 A, uma com uma tensão de saída de 5 V, a qual alimentou o comutador de Ethernet da English Electric, com a outra a debitar 9 V na saída para alimentar o router Meo 4K, o qual está colocado junto ao meu sistema de áudio.

Foto Plixir_3

Externamente as duas fontes são praticamente idênticas, já que utilizam exactamente o mesmo tipo de caixa que tem na sua saída o mínimo indispensável para cumprir as suas funções: fichas IEC de entrada e ficha DIN de 4 pinos para a saída, com os pinos em paralelo dois a dois. O cabo de ligação que acompanha a fonte tem num extremo uma ficha DIN fêmea de 4 pinos, com prisão roscada, e no outro um jack de 2,5 mm, de longe o tipo de ligação mais normalizado nos equipamentos de áudio com alimentação externa, embora a Plixir tenha outras propostas para o jack. O interruptor está bem dissimulado na parte lateral da caixa, junto ao painel traseiro.
O circuito de rectificação inclui díodos Schotcky de comutação rápida mas suave, para não gerarem ruído de comutação, seguidos por 5 condensadores Rubycon de 3300 uF/35 V. Um outro condensador da mesma capacidade está montado directamente nos terminais da ficha de saída para melhorar ainda mais a estabilidade da tensão e o nível de ruído. A regulação propriamente dita funciona em dois andares, com um pré-regulador que filtra a maior parte do ruído e permite que a dissipação de calor se divida por dois dispositivos de potência, isto para além de conferir um factor de estabilização mais elevado à fonte de alimentação, pois temos dois reguladores de tensão, um a seguir ao outro. Ambos os reguladores utilizam apenas componentes discretos, ou seja, não são empregues circuitos integrados. Os componentes, principalmente os transístores de potência, têm as referências apagadas, talvez para evitar cópias não autorizadas, mas consegui «espreitar» que um deles é um BDX39CG, um transístor de potência do tipo Darlington que tem uma corrente máxima de colector de 8 A, mais que suficiente para os fins em causa. Estes transístores estão directamente fixados à caixa, a qual funciona assim como dissipador.


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