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Plixir Elite BDC 2 A

Plixir Elite BDC 2 A

Jorge Gonçalves

12 fevereiro 2024

Energia de qualidade gourmet para o seu sistema de áudio


Em utilização



Como disse acima, as duas fontes de alimentação substituíram os alimentadores de um router de Internet e de um comutador de Ethernet, ambos importantes ao permitirem o acesso a dados quer dos componentes do meu sistema que deles necessitem, quer para retransmitem o sinal de Internet para a televisão principal presente na sala de estar, mesmo ali ao lado da sala de audição dedicada. O sistema em si era constituído pelo conjunto de electrónica Inspiration 1.0, da Constellation, tendo como fonte digital o Roon Nucleus Plus com o iFi Audio Pro DSD como descodificador D/A e renderer de MQA (descodificação completa) e, no domínio analógico, o gira-discos Basis com braço SME V Gold e cabeça Air Tight PC1 Supreme, sendo o prévio de gira-discos o Nagra CLASSIC Phono. As colunas eram as Diptyque DP 140MkII, e os cabos de interconexão e coluna eram predominantemente da gama Select, da Kimber.  Na alimentação de sector pontuava a régua Vibex Granada Platinum, à qual ligavam todos os equipamentos electrónicos em uso, com o amplificador de potência da Constellation a ser alimentado através do cabo Tiglon TPL-2000A. A fonte de alimentação do router utilizou um cabo de alimentação Plixir The Fiery, o qual tem igualmente uma estrutura balanceada de distribuição e enrolamento dos condutores.

Foto Plixir_4

Perante uma panóplia de propostas como estas era fundamental definir uma metodologia de ensaio e por isso optei por começar por experimentar uma das fontes de alimentação com o router de Internet, seguindo-se a substituição da fonte de alimentação do comutador de Ethernet e, finalmente, a utilização do cabo The Fiery na fonte do router.
Seria fastidiosos esmiuçar todas as minudências dos efeitos da introdução das fontes de alimentação da Plixir no meu sistema, por isso vou limitar-me a deixar aqui um conjunto de considerações relativas aos aspectos mais importantes que detectei no desempenho desse mesmo sistema quando utilizado para reproduzir ficheiros digitais de áudio. E o facto é que as fontes de alimentação exteriores deram origem a um conjunto de melhorias, algumas expectáveis, outras talvez menos. Ouvi muita música mas destaco aqui, por ter sido um dos casos em que as mudanças foram mais sensíveis, a audição dos Nocturnos de Chopin, interpretados por um dos maiores pianistas de todos os tempos – Artur Rubinstein. O piano é talvez o instrumento mais completo em termos da sua ampla escala dinâmica e tonal e ganhou seguramente um realce mais notório através da utilização doa acessórios da Plixir: as nuances interpretativas de Rubinstein que tinha uma maneira muito especial de aflorar as teclas, um misto de suavidade e presença, uma mão de ferro, em termos de controlo, dentro de uma luva de veludo, foram ainda mais patentes do que aquilo que já tinha ouvido antes, ganhando uma fluidez, uma clareza, um sentido harmónico que encantavam qualquer um que chegasse e ouvisse a música. Os silêncios eram isso mesmo, silêncios, mas apareciam de maneira natural, não ostensiva, as notas mais rápidas ganharam um maior realce que antes não parecia estar lá, isto porque Rubinstein tocava como que de um modo subtil, quase sem se dar por isso, o que não mudou, mas quando era necessário intervir com um arrojo dinâmico mais evidente pois as fontes da Plixir contribuíram para que essas passagens da música ficassem ali bem vívidas e ao mesmo tempo álacres na minha frente. Era a mesma música mas mais olorosa, com uma pitada de qualquer coisa que reforçava a harmonia e dava mais gozo à audição.

Foto Plixir_5

E menciono agora uma verdadeira raridade que descobri no Facebook, graças a uma sugestão de um amigo, as Sonatas para violino de Franck e Beethoven, interpretadas por Gioconda de Vito. É uma gravação rara, datada dos fins dos anos cinquenta do século passado, mas isso nada tem de negativo, do meu ponto de vista, pois toda a verve da intérprete, que tem um número muito reduzido de gravações, já que decidiu retirar-se em 1960 por achar que tinha atingido o zénite das suas capacidades interpretativas, está bem presente e foi realçada pela entrada das fontes de alimentação da Plixir no meu sistema. O violino é bonito, harmonioso, e faz lembrar o reconhecido “Tuscan” Stardivarius que o estado italiano lhe ofereceu, mas também podia ser um Gagliano, os meus conhecimentos de instrumentos musicais não dão para distinguir qual seria, agora que a música tinha uma envolvência, um calor, um cheirinho a perfume, isso era evidente, com os diálogos entre Tito Aprea, no piano, e Gioconda a funcionarem de um modo tão completo, sem costuras, como dizem os ingleses, que a música saía coesa, mas sem qualquer tipo de grilhões, antes pelo contrário.
No final das audições, que foram muitas e incluíram muitos tipos de música, não apenas as duas menções aqui feitas, resolvi chamar o cabo balanceado The Fiery à colação e foi com muito agrado que constatei que ele realçava de modo subtil mas evidente os efeitos da presença das duas fontes de alimentação da Plixir no meu sistema: silêncio, musicalidade, fluidez, naturalidade e muito mais. Justifica seguramente o upgrade em relação a um vulgar cabo de sector e muito naturalmente não apenas quando se utilizam as fontes da Plixir, embora eu possa fazer uma recomendação especial a quem as compre – quando puder combine-as com este excelente cabo e vai ver que os ganhos são evidentes.

Foto Plixir_6

Uma nota final para a melhoria que detectei na qualidade da imagem, graças à fonte de alimentação ligada ao router. Os detalhes eram mais vívidos, os negros ainda mais negros e intensos, isto mesmo sendo o televisor de 65” de tecnologia OLED e as cores mais marcantes e vivas, principalmente no caso dos azuis e vermelhos. Estou a ver que tenho de experimentar uma outra fonte, neste caso na caixa da Meo.

Foto Plixir_7


Conclusão


A fonte de alimentação, tal como a alimentação do sector, acaba por ser uma área descurada por muitos «descrentes», mas olhem que fazem mal! O que se ganha com a inserção de uma fonte como as da Plixir a substituir os famosos «alimentadores de tomada» é tão evidente que se pode comparar ao que se obtém quando se substitui um novo elemento do sistema por outro de maior performance. Mas neste caso tem que se gastar muito mais que aquilo que se investe ao comprar uma fonte de alimentação destas pelo que, em termos de investimento, é muito mais sensato começar por aqui. Fica, assim, mais que recomendada a utilização destas fontes num bom sistema de áudio, principalmente na origem de tudo que é a fonte dos dados de Internet, O o cabo balanceado da Fiery é nada mais nada menos que a cereja no topo de um bolo já bem bonito e saboroso.

Fontes de alimentação Plixir BDC 2 A, 5 e 9 V


Preço                           541 €
Cabo Plixir The Fiery
Preço (1,5 m)              857 €
Contacto                   Exaudio