Fulgor musical
Introdução
A Audio Analogue continua na senda de investir fortemente em produtos que competem com o que de melhor o mercado tem para oferecer, embora se pautem sempre por um preço realista e muito longe dos desvarios tantas vezes associados ao segmento high-end. Tem sido assim desde a sua fundação em 1995, e uma constante que tenho tido a oportunidade de comprovar sempre que me debruço sobre um novo produto da marca italiana.
Há já algum tempo que andava com vontade de poder ouvir o AADac inserido no meu próprio sistema de som, tendo essa oportunidade surgido agora, com a Imacustica a ceder tanto o DAC como o transporte de CD’s dedicado para este teste.
Ambos os modelos fazem parte da linha PureAA da marca italiana, sendo apresentados em caixas de dimensões reduzidas com apenas 10 cm de altura, 22 cm de largura e 39 cm de comprimento, o que significa que, colocados lado a lado, ocupam sensivelmente o mesmo espaço em prateleira que um equipamento de dimensão standard.
A Audio Analogue descreve o AADac como um produto que se encaixa perfeitamente na filosofia da marca, oferecendo um design simples, performances sonoras notáveis e um grande cuidado com o acabamento e a selecção de materiais e componentes, que fazem dele um parceiro perfeito para fontes digitais. O AAdac disponibiliza uma grande variedade de funções, sendo possível regular a intensidade luminosa dos LEDs, alterar o balanço dos canais, seleccionar um dos 7 diferentes filtros digitais disponíveis e configurá-lo no modo com regulação de volume de modo a poder ser utilizado como pré-amplificador. No coração do circuito pontua um chip Sabre ES9038 que pode processar sinais áudio até 32 bit/768 kHz, enquanto a entrada USB conta com um conversor Amanero que aceita sinais até 32 bit/384 kHz, bem como DSD 512 nativo.
A conectividade inclui as entradas digitais Toslink, coaxial (29), AES/EBU e USB. Está ainda disponível, como opção, um módulo Bluetooth aptX de alta qualidade. O circuito inclui placas separadas para cada etapa, fontes de alimentação independentes para as secções digitais e analógicas e um estágio de saída totalmente balanceado e com componentes de qualidade de áudio discretos, de modo a exibir um patamar de ruído ultrabaixo, bem como níveis de distorção negligenciáveis. Conta ainda com uma saída de alta qualidade para auscultadores.
O AAdrive é o novo transporte de CD’s da Audio Analogue, sendo o natural parceiro do AADac. Muito embora o recurso a serviços de streaming de música se esteja a tornar na forma preferencial de escuta de conteúdos musicais de muito melómanos e / ou audiófilos, também é verdade que continuam a existir muitos com grandes colecções de CD’s das quais não pretendem desfazer-se, para além dos que pretendem continuar a comprar e a acrescentar CDs às colecções existentes, incluindo-me a mim mesmo neste último grupo.
Faz por isso todo o sentido que se invista no melhor transporte / leitor possível, de modo a poder realizar o potencial da colecção de CD’s existente, sem que isso signifique abdicar do usufruto de conteúdos musicais via streaming.
Concebido como o parceiro natural para o AADac, o AADrive faz uso de um mecanismo de transporte baseado no módulo Teac CD5020A, modificado com componentes personalizados de modo a melhorar o desempenho sonoro. Internamente inclui fontes de alimentação separadas para as secções digitais e de controlo. O chassis é realizado em alumínio e foi desenvolvido um suporte do grampo em alumínio sólido, por forma a melhorar a rigidez do conjunto, bem como a imunidade a vibrações parasitas, resultando numa leitura do disco mais fiável e isenta de erros. O AADrive inclui saídas digitais S/PDIF Coaxial 75 ohm e AES/EBU 110 Ohm. Na frente um mostrador LCD iluminado presta as informações necessárias relativas ao estado de funcionamento.