Ele há coincidências curiosas. As colunas de painel foram durante mais de uma década o «ai Jesus» da audiófilia informada.
As baixas frequências são sujeitas a tratamento por um processador digital de sinal (DSP) que digitaliza o sinal vindo do crossover, aplica o algoritmo de proces- samento e o converte novamente em analógico para o entregar a um woofer com cone de alumínio de 20,3 cm, que é alimentado com um amplificador interno de 200 Watt de funcionamento em Classe D. A caixa dispõe ainda de um segundo altifalante com as mesmas dimensões e cone de polipropileno, cujo funcionamento é passivo e dispara para baixo. Graças a esta construção, a marca conseguiu uma resposta notavelmente extensa, de 34 Hz a -3 dB, a partir de uma caixa pequena e facilmente integrável no ambiente doméstico.
Para as Ethos foi desenvolvido um painel tendo em conta os requerimentos específicos deste modelo. Embora seja idêntico ao painel das Summit X, exibe uma largura de apenas 23 cm, o que implica uma maior curvatura, de modo a manter o pa- drão de dispersão de 30o requerido pela marca. Para atingir este desiderato a Martin Logan conseguiu reduzir a espessura dos estatores Micro-Perf, o que teve como consequência um aumento da área de radiação e uma ainda maior transparência visual do painel. O painel propriamente dito é constituído por uma membrana plástica condutora (Plasma-Deposited PET), os estatores de carbono-aço e os espaçadores Clear-SparTM, que são fundidos numa secção cilíndrica com um adesivo aeroespacial capaz de assegurar uma união superior à soldadura convencional. A membrana plástica é atraída/repelida pela corrente eléctrica gerada nos estatores, a qual vai ser modulada pelo sinal musical.
As Ethos vêm equipadas com pés semicirculares em plástico para uma fácil locomoção ou chãos rígidos. Todavia, após ser encontrada a posição de funcionamento correcta, há que mudar para os espigões ETCTM (Energy Transfer Coupler), os quais asseguram um correcto acoplamento da coluna com o chão e cuja utilização opera uma transformação notória na forma como o registo grave se desenvolve.
Como habitualmente nas electrostáticas, as Ethos necessitam de ser ligadas à corrente, não apenas para fornecer a energia necessária ao funcionamento dos painéis, mas também para alimentar os amplificadores dos woofers. Para além das fichas de corrente, a traseira da caixa conta com os terminais de coluna, do tipo de aperto, que aceitam fichas banana, cabo nu e forquilhas, um led azul/vermelho, indicador do estado de funcionamento, e um potenciómetro que permite regular a quantidade do grave numa gama de +-10 dB, entre os 34 Hz e os 100 Hz.