Chegar mais perto da música
Há mais de 30 anos, quando conheci aquele que viria a ser um grande amigo meu, perguntei-lhe se gostava de música. (E a pergunta a seguir iria ser: “que tipo de música?”). Ele hesitou e disse “gosto de música, mas gosto mais de aparelhagens”. E ficámos amigos para a vida. É que audiófilos há muitos e muito variados. E existem, pelos menos dois grupos opostos – os que se fascinam sobretudo pela tecnologia subjacente aos equipamentos de reprodução de música e que só ouvem boas gravações e os que tomam os equipamentos de reprodução de música como meios ligeiramente irritantes para chegar à música e só ouvem grande música. E todos os outros situam-se entre estes dois extremos.
Uma coisa saberemos, Antony Michaelson, clarinetista apaixonado pela música clássica e fundador da Musical Fidelity em 1982 não pertencia ao primeiro grupo e a marca criou cedo conquistou rapidamente reputação precisamente por criar produtos que se concentravam na musicalidade.
Entre os vários modelos lançados, o Musical Fidelity B1, nos finais dos anos 80, tornou-se um verdadeiro clássico. Um amplificador integrado de potência modesta, mas com enorme capacidade musical, que ainda hoje é recordado por muitos como um dos produtos mais icónicos da marca.
Quase quatro décadas depois, chega a este teste, o B1x1, uma reinterpretação contemporânea que não procura reinventar a roda, mas sim resgatar a filosofia original: simplicidade, pureza de sinal e prazer auditivo acima de tudo.
E eis, o novo B1x1, um amplificador que representa essa filosofia de forma exemplar: um amplificador integrado compacto que homenageia o lendário B1 original, agora reimaginado com conectividade moderna — Bluetooth aptX HD, entrada phono MM e um conversor digital / analógico (DAC) integrado.
Descrição
A Musical Fidelity sempre privilegiou a funcionalidade sobre a ostentação, e o B1x1 não foge à regra. O painel frontal é feito de alumínio extrudido e o chassis é inteiramente fabricado em robusto metal. As dimensões são de 430 mm (L) x 90 mm (A) x 324 mm (P) e o peso de 7,2 kg. O painel frontal é dominado por um grande botão de volume central e botões de selecção de fonte em alumínio maquinados, com iluminação discreta. No fim dessa fila do lado direito, encontra-se a saída para auscultadores por jack de 6,3 mm. O painel traseiro é preenchido com a habitual parafernália de ligações. A saber: 1 par de entradas para gira-discos, cabeças MM, com ligação à terra, 4 pares de entradas RCA, 1 entrada digital coaxial, 1 óptica e 1 HDMI (capazes de processar sinal PCM até 24 bit/192kHz), um conector para antena Bluetooth BT5.0/BT5.1 dual mode, A2DP, APTX, APTX-HD, AAC, SBC, 1 par de saídas RCA préamplificadas para usar, por exemplo, em biamplificação, e saídas para a ligação de cabos de coluna colunas (com terminação por banana) e a entrada de alimentação a partir do sector.
As principais especificações técnicas são:
O B1x1 é um amplificador integrado estéreo com andar de saída em classe AB, com a potência de saída por canal de 60W (8 ohm) e 100 W (4 ohm) e uma corrente de pico de 8 A. A resposta de frequência da saída analógica em linha é de 0 Hz a 30 kHz (-3 dB), a distorção harmónica total (THD+N) da saída analógica em linha é inferior a 0,02% (20 Hz… 20 kHz), a relação sinal/ruído (ponderação A) é melhor que 94dB, a impedância das três entradas analógicas de linha é de 47k Ohms; a entrada de gira-discos, com uma sensibilidade de 5 mV, é própria para cabeças MM (Moving Magnet) e tem uma impedância da entrada de 47k Ohm / 100 pF e o DAC é um Chip ESS Sabre ES9018K2M, com a frequência de amostragem DAC a ir até 24-bit / 192 kHz e a ligação Bluetooth apresenta suporte para aptX HD.
O controlo remoto é simples, mas funcional, permitindo alternar entre entradas, ajustar o volume e silenciar o som.