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Munique 2025, um show tripartido – parte 1

Munique 2025, um show tripartido – parte 1

Jorge Gonçalves

29 maio 2025

A suave saudade de uma despedida, amenizada com muitos bons sons


Ir a Munique é quase uma obrigação para quem gosta de áudio e de música. O local da peregrinação vai mudar em 2026, pois o High-End show terá lugar em Viena a partir do próximo ano, e por isso este ano a frase que mais se ouviu dos visitantes habituais foi: Tinha que cá estar este ano porque é o último ano em Munique. Algo semelhante tinha já ocorrido quando o show se mudou de Frankfurt para Munique, uma mudança de que muitos visitantes de hoje já nem recordam.
Segundo a organização, a área de exposição foi de cerca de 30 mil metros quadrados, o número de visitantes atingiu 22 818, vindos de 92 países e divididos entre 10 562 profissionais, incluindo 583 membros da imprensa, e 11 675 consumidores, o que são números bem impressionantes.
E o que foi ainda mais «penoso» para quem tentou ver quase tudo o que por lá estava (tudo é pura e simplesmente impossível) foi a existência este ano de três espaços principais de exposição: tinha quase andar numa correria entre o MOC e o outro lado da estrada, no edifício do Motorworld, e reservar ainda algumas horas para visitar o Hifideluxe, o habitual show paralelo no hotel Marriott, e tentar não falhar ainda as sessões especiais e reuniões, por marcação ou convite, que por vezes se prolongavam por 1 hora. Trocar impressões com velhos amigos e conhecidos é sempre gratificante, mas leva-nos mais alguns minutos do nosso precisos tempo com o resultado de o regresso a Lisboa ser um bálsamo e exigir pelo menos, na sequência, um dia completo de repouso, se não dois.
E em seguida chega o momento da arrumação, catalogação selecção e posterior tratamento das cerca de 900 fotos tiradas, com a penalizante situação do assim chamado guia completo do High-End Show estar organizado por expositores e marcas mas na maioria dos casos apenas indica as marcas que cada expositor representava ou fabricava. Como em muitos casos havia expositores que se tinham associado e num sistema em demonstração constavam equipamentos de mais de meia dúzia de fabricantes, vários deles não-expositores, o labirinto de classificação de fotos e marcas torna-se quase uma tarefa insana. Como resultado, seguramente que não vou nesta reportagem, dividida em vários «capítulos», mencionar alguns produtos ou marcas de pergaminhos bem louváveis mas há que ter em conta que sou apenas humano e pura e simplesmente já não dava para mais.
Segue-se então a primeira colecção das fotos possíveis com um destaque muito valioso: este anos tivemos um número de salas com bons sons bem superior ao normal! Houve quem se preocupasse com a correcção acústica da sala, quem escolhesse bem as combinações entre equipamentos, enfim, houve cuidado… Mas não faltaram as situações opostas – embora um show não seja, nem de longe nem de perto, o melhor sítio para se terem bons sons, os extremos acaba sempre por destacar-se. Eis, então, aqui a primeira parte desta reportagem que antevejo bem longa mas seguramente «sumarenta».

Foto 1 _Munique 1

Embora pelo meu lado não sejam atribuídos prémios (com excepção do do «pior som», mas sobre isso falarei mais adiante), o som da sala da Audio Reference, construída de propósito para o fim em causa, era qualquer coisa de excepcional, com uma segurança férrea e uma amplitude dinâmica do outro mundo. Alguns dos seus componentes, tais como as colunas Wilson Audio WAMM Master Chronosonic, que são agora propriedade de Mansour Mamaghani, dono da Audio Reference, já cá estiveram na Imacustica mas outros não. E como tocaram bem os quatro monoblocos Dan d’Agostino Relenteless e a fonte dCS com as Wilson Audio, principalmente do melhor lugar da sala que Bill Peugh me reservou. Tão bem que os 15 minutos souberam a muito pouco.

Foto 2 _Munique 1

Premiado com a distinção do melhor som do show pela Soundstage, o lançamento das Kroma Callas não poderia ter sido mais auspicioso. A electrónica era a da Engstrom – dois amplificadores de potência monobloco Eric Encore e prévio Monica, a fonte o Wadax Studio - e o som que o Miguel conseguiu um verdadeiro bálsamo para os ouvidos depois de tantas e tantas salas em que alternei entre a dúvida de entrar e ter de ir lá mesmo a correr tirar a foto e «fugir». A naturalidade e segurança eram pura e simplesmente sublimes.

Foto 3_Munique 1

Sem qualquer intuito de ordenação classificativa, devo destacar também, tal como em 2024, o som da TAD. Este ano a TAD apresentou dois sistemas, o principal com as TAD-GE1 alimentadas por dois M2500TX, um por coluna, uma vez que este amplificador de potência pode ser configurado como amplificador mono ou de dois canais. A fonte era o D100TX e o prévio o C1000TX. Foram igualmente demonstradas as monitoras ME1TX com um novo acabamento. Vê-se bem que a TAD saiu de uma área profissional high-end da Pioneer: podem soar bem alto, mas estão sempre no completo domínio da situação do processo musical e nunca cansam os ouvidos.

Foto 4_Munique 1

No primeiro dia que passei pela Diptyque para cumprimentar o meu já velho conhecido Gilles Douzier, as Reference estavam a tocar demasiado baixo, como resultado da sala ter algumas limitações, segundo me confessou Gilles. Já ouvi comentários relativos a um nível de som superlativo na sexta e no sábado por parte de pessoas a quem dou todo o meu crédito por isso aqui transcrevo essa opinião. A electrónica era da Kora, outro fabricante gaulês.

Foto 5 _ Munique 1

Rose RS151, o mais recente streamer / DAC da marca. Emprega o recente núcleo DPC no andar digital para sincronizar de maneira precisa os sinais de entrada com o Femto clock e reduzir o jitter. Ao mesmo tempo, a interface gráfica do utilizador está totalmente separada dos circuitos analógicos e de processamento digital, para evitar interferências. O ES9039PRO, com capacidade de processamento de até 8 canais encarrega-se da conversão do sinal do sinal de entrada e tem capacidade de descodificação / rendering de MQA.

Foto 6A_Munique 1

Ainda não foi desta que fui “à pála” com a Cerat – nem as enormes Pallas me convenceram. A sala da Audio Reference é muito grande, o ruído ambiente quase incomodava, mas elas também não ajudavam, como um som demasiado «fininho» para um volume tão grande.

Foto 7_Munique 1

Eis uma semelhança mais que óbvia com as Kef Blade,  até no nome escolhido para a marca – Blade Brothers. Não haverá aqui um problema de infracção de copyright?


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