Um trio de grandes sistemas, com todos a tocarem mesmo muito bem.
As Ultimate Sessions já se tornaram uma tradição nesta época do ano e assim, depois da realização no Porto de mais uma «sessão», chegou no passado sábado a vez de Lisboa albergar alguns grandes sistemas na loja de Benfica. E quem aí se deslocou (e foram mesmo muitos) foi prendado com grandes sons provenientes de três combinações bem diferentes mas com um objectivo comum – regalar os ouvidos dos visitantes com música para todos os gostos, com grandes intérpretes do lado musical e enormes acompanhantes no que se refere à electrónica.
Começo por falar na sala onde as colunas Wolf Van Langa SON, que já ouvi, sempre com agrado, por diversas vezes em Munique, tocavam mesmo muito bem com amplificação a partir do amplificador em classe A Accuphase E-800S, sendo a fonte o Hz Core Server, da HzProject, ligado à última versão do Cinnamon Galle II DAC, agora com fonte de alimentação separada.
Wolf Van Langa SON
No domínio analógico foi ainda possível ouvir alguns LPs reproduzidos num gira-discos Luxman PD-191 equipado com uma cabeça de leitura óptica DS Audio DS E3. Tínhamos ali um som bonito, luxuriante, com um ligeiro toque vintage, mas nunca em excesso. Tocava tão bem este sistema que quase nos agarrava para ficarmos ali sentados sem nos movermos, enlevados pelo calor da música.
O Cinnamon Galle DAC está agora na sua versão 2, com fonte de alimentação separada.
E passei então ao sistema de topo, ou seja, sem preocupações de espécie alguma em relação ao preço final do conjunto, onde as imponentes Avantgarde Duo GT conviviam de maneira sublime com o amplificador de potência Kondo Ongaku, sendo a música proveniente de um Servidor Xact Evo SE ou de um leitor de CDs Orpheus Absolute, de origem suíça.
Mas também era possível ouvir discos LP (nunca «vinis», por favor!) num gira-discos Clearaudio Master Jubilee, equipado com uma cabeça DS Audio DSW, ligada ao prévio da phono dedicado da DS Audio. A música foi bem variada, desde Beautiful Piano Melodies (Piano Solo Calm) ao inevitável Tears in Heaven, a Jonhy Cash numa intrigante versão de Knock Knock at Heaven’s Door e à inevitável Mariza em Ó Povo da Minha Terra.
O Ongaku fez com que as Avantgarde soassem integradas como nunca, com uma naturalidade tímbrica assinalável e uma imagem espacial altamente envolvente, transmitindo uma intensidade emocional que mesmo para quem não é um apreciador por aí além do fado, como eu, foi mais que suficiente para evocar a famosa «pele de galinha».