A peregrinação pelos pisos térreos
Vou aqui apresentar mais uma resenha do que pude ver em Munique, dedicando-me mais aos átrios de 1 a 4, que foram aqueles que visitei com mais atenção até ao final do primeiro dia de visita ao High-End show. Nestas zonas é possível encontrar uma ampla panóplia de produtos e muitos fabricantes de pequenas dimensões, embora não raras vezes com propostas muito interessantes. Ainda consegui dar um saltinho às salas do piso superior do Hall 4 mas não consegui percorrer muitas.
Já ao fim do dia fui ao hotel Andaz, onde o grupo McIntosh fez uma apresentação especial privada, a convite de David Mascioni, tendo sido demonstrada a combinação dos monoblocos MC2.1KW com as Sonus faber Suprema, numa celebração em grande dos 75 anos da McIntosh. Seguem as fotos que encerram o primeiro dia do meu périplo.
Préamplificador Dan D’Agostino Relenteless. As três caixas contêm os circuitos separados do dos canais direito e esquerdo e, ao meio, a fonte de alimentação com dois transformadores toroidais de 150 VA cada e que também inclui os circuitos de comutação e controlo para evitar qualquer interferência na electrónica de amplificação. Pode receber opcionalmente, um módulo de streaming.
Avantgarde Mezzo G3. Toda a linha de colunas da marca foi melhorada e passou agora a ter a designação que identifica a «geração 3». Receberam novas cornetas de agudos, unidades de médios e graves com várias melhorias, os crossovers foram redesenhados, bem como a estrutura de suporte, e a caixa de graves tem agora um pórtico bass-reflex com carga aperiódica.
A Final apresentou um protótipo dos auscultadores X8000, de tecnologia planar-magnética. O diafragma tem um conjunto de circunvoluções abertas na superfície e as almofadas são fabricadas por uma impressora 3D. Deverão estar disponíveis lá para o fim do ano.
As TAD Reference 1 TX reproduziram aquele que para mim foi um dos melhores sons de Munique, se não o melhor. Foram alvo de diversos melhoramentos, em especial uma nova base e pés de isolamento em metal. Estavam combinadas com electrónica da marca: prévio C700 (novidade), dois monoblocos M700, leitor de CD/SACD D700 e o servidor era um Roon Nucleus modificado segundo as especificações da TAD. Um som pleno de dinâmica mas sempre muito natural.
As Dynaudio Contour Legacy estavam a soar muito bem num conjunto de electrónica Rose: streamer RS150B e amplificador integrado RA180, isto embora a sala pudesse ser um pouco maior.
Um dia o Silvio Delfino há-de explicar-me como é que a Riviera tem um prévio com a designação APL01 e outro que se «chama» APL1 mas, para já, ressalta como interessante que este último, um préamplificador a válvulas com cinco entradas e saídas duplicadas, e o AFS32, um amplificador de potência estéreo em classe A que debita 2x32 W a 8 ohm, de topologia híbrida, foram as grandes novidades da marca em Munique.
A IXOOST fabrica aquilo a que chama «áudio artístico» e um dos resultados dessa produção está aqui bem patente.
As fitas pré-gravadas continuam em grande oferta, embora sejam um hobby algo caro.
O Grupo McIntosh fez uma apresentação privada de alto nível no hotel Andraz, onde combinou equipamentos de topo da McIntosh e da Sonus faber. O salão de baile onde o evento decorreu era demasiado grande para se ter uma ideia da performance do sistema mas deu para eu ficar com a ideia de que talvez tenha sido um das vezes em que ouvi a combinação das duas marcas a funcionar melhor.
Cada monobloco MC2.1KW está contido em 3 caixas separadas e debita nada menos de 2 kW de potência. Trata-se de uma edição limitada, reservada a 75 pares por país.