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Prévio PS Audio PMG Signature

Prévio PS Audio PMG Signature

Jorge Gonçalves

11 setembro 2025

Um mundo de silêncio e transparência ao serviço da música


A PS Audio é uma empresa com um interessante pedigree dentro do mundo do áudio de qualidade e comemora este ano 50 anos de existência, pois, embora tenha sido criada oficialmente em 1973 por Paul mcGown e Steve Jeffery, só nos finais de 1974…início de 1975, é que lançou os seus primeiros produtos no mercado. Para a maioria dos amantes do áudio a marca será seguramente mais conhecida pelos produtos digitais que lançou nos anos noventa do século passado (foram um dos primeiros a juntar-se ao mundo digital logo após o lançamento do formato CD e lançaram mesmo seu próprio leitor, o CD-1, seguindo depois para apostar em conversores separados baseados em conversores D/A da Analogue Devices)) ou, mais recentemente, pelos regeneradores de tensão de sector de que eu poderei ter sido um dos primeiros a ter conhecimento de causa pois, lá nos idos de 1998, importei directamente dos EUA (não havia ainda uma distribuição europeia) dois exemplares, um com uma potência de 300 VA e outro já bem imponente nos seus 600 VA e que, depois de uma reparação que lhe fiz, no seguimento de lhe ter ligado demasiados equipamentos (!), e que implicou a substituição total dos transístores de saída e do transformador, trabalha sem qualquer falha há quase 25 anos.

Foto 1 PS Audio PMG Sinature pre

Depois de várias aventuras, que incluíram a sua saída da empresa e a tentativa de relançar a Genesis com Arnie Nudell, Paul acabou por comprar o nome nos finais dos anos noventa por um dólar e começou a relançar a marca a partir dos regeneradores de sector. Mas, a pouco e pouco, o portfólio de produtos alargou-se, com uma forte incidência no domínio digital e eis que, desde há talvez 15 anos a esta parte, a PS Audio ocupa um lugar de destaque no áudio. E, para celebrar exactamente toda essa dedicação ao mundo do áudio, traduzida inclusive no lançamento de uma editora de discos, a Octave, a PS Audio está a lançar até ao final deste ano e ao ritmo de um equipamento por mês equipamentos que são o destilar de tantos e tantos anos de conhecimentos e que criam uma nova gama, a Paul McGowan Signature, mais abreviadamente PMG e de que o prévio alvo deste teste foi o primeiro elemento – no momento em que recebi o prévio PMG apareceu a notícia de que o transporte de SACD estava já disponível.

Mas, antes de falar sobre o Prévio PMG, deixo aqui algumas palavras que, espero, colocam a validade de um equipamento destes no enquadramento correcto:
O prévio é, em meu entender, um dos elementos mais importantes num sistema de áudio pois situa-se numa posição algo central no percurso do sinal (entre fonte e amplificador de potência) e, tendo o nível de ganho adequado, faz brilhar o que está antes e depois dele.
Uma vez mais chamo a atenção para o aspecto que defendo desde há muitos anos de que há um conjunto de regras para a repartição dos níveis de ganho num sistema de áudio e se fugimos a este equilíbrio está o caldo entornado. Recordando rapidamente: tendo a fonte um nível de linha na saída, o prévio deve ter um ganho em volta dos 10…12 dB e o amplificador de potência entre 26 e 28 dB, tudo isto níveis de ganho em tensão. Em face do nível de volume não dever chegar ao valor máximo, isto significa que estamos a aproveitar a níveis normais de audição algo com 6 a 7 dB de ganho do prévio que, somados ao ganho do amplificador de potência dão como resultado um nível aproximado de 33 a 35 dB de ganho total para um sistema de áudio bem equilibrado. Se as impedâncias de entrada e saída estiverem correctamente adaptadas umas às outras e a capacidade de fornecimento de tensão ou corrente de cada um dos elementos estiver salvaguardada, então temos uma garantia de que tudo vai soar bem. E o resto são cantigas… Coincidência ou não, Paul McGowan escolheu um nível de ganho máximo de 12,6 dB para o prévio Signature – talvez possa dizer, sem qualquer vestígio de vaidade, que é bom estarmos de acordo em relação a este ponto.
Podemos então passar agora à:

Descrição técnica


Antes de mais, convém ressalvar que o PMG Signature é um prévio totalmente analógico – embora exista uma entrada USB, ele funciona apenas para actualizações, porque todo o interior do PMG funciona no modo totalmente analógico, sem streaming, entradas de DAC ou quejandos. A estética da caixa é muito agradável em termos visuais, com um chassis sólido de cantos arredondados e um painel frontal sóbrio que apenas ostenta um interruptor de ligação no extremo esquerdo e um mostrador de formato circular no direito. O interruptor de ligação está configurado de modo que os circuitos activos estão sempre alimentados mesmo com a indicação luminosa apagada – só o interruptor traseiro, situado junto da entrada de sector do tipo IEC permite desligar completamente a alimentação. A PS Audio recomenda que se tenha esse interruptor geral sempre ligado para garantir que em cada momento o prévio esteja pronto a fornecer a sua melhor performance. Caso se o desligue, para poupar energia ou por qualquer outra razão, convém ligar o prévio pelo menos meia hora antes de se fazer qualquer audição a sério.

Foto 2 PS Audio PMG Sinature pre

O mostrador circular é do tipo táctil e apresenta normalmente as indicações referentes ao nível de volume (escala de 0 a 100) e da entrada seleccionada, bem como a habitual roda dentada para o acesso aos menus de configuração. Através deles é possível fazer uma grande quantidade de ajustes tais como fixar o nível máximo de volume, ajustar o balanço, colocar um condensador em série na entrada em uso na altura, definir um nível fixo de volume para utilização num sistema de cinema em casa, inverter a fase absoluta, ajustar o ganho de cada entrada para que produzam níveis de volume idênticos, atribuir nomes às entradas e assim por diante. A família de códigos de controlo pode igualmente ser seleccionada de entre três disponíveis no caso de se detectarem interferências com os códigos utilizados noutros equipamentos presentes na mesma sala. Alguns ajustes funcionam apenas quando o PMG Signature está combinado com outros equipamentos da PS Audio.
No painel traseiro temos quatro pares de fichas XLR e dois de RCA para as entradas, bem como é interessante ver que as saídas estão duplicadas, quer na ligação single-ended quer na balanceada. Para além disso, uma entrada USB tipo A aceita uma pen para fins de actualizações de firmware, duas saídas de trigger para activação da alimentação de outros equipamentos e já mencionada entrada IEC para a tensão de sector, complementada por um suporte de fusível e um interruptor geral da alimentação.
Abrir o PMG Signature é uma tarefa árdua pois implica retirar uma quantidade enorme de parafusos que fixam a tampa e, quando pensávamos que teríamos os circuitos internos acessíveis eis que deparamos com uma tampa metálica de blindagem, novamente fixada por uma enormidade de parafusos.

Foto 3 PS Audio PMG Sinature pre

E aí começamos por deparar com um transformador toroidal com dois enrolamentos independentes, ligado a uma placa que contém a rectificação por díodos ultra-rápidos de recuperação suave para as tensões positiva e negativa, seguida da filtragem inicial a cargo de quatro condensadores de 15 000 F. Em termos de alimentações seguem-se então uma segunda filtragem efectuada por condensadores Jantzen Cross Cap de filme plástico com 100 µF de capacidade e quatro reguladores locais, dois LM317 e dois LM 337, para uma regulação independente das tensões que vão alimentar os circuitos activos de cada um dos canais. Segue-se um outro regulador independente com um LM317, muito naturalmente para a alimentação dos circuitos digitais de controlo.
Em termos de circuitos activos de amplificação eles estão contidos em duas placas de circuito impresso bem grandes, uma para cada canal, com os já bem conhecidos módulos Diamond de amplificação na parte central. Estes módulos são construídos em volta de transístores de potência SMD com as referências P5316T e P5616T, transístores complementares de média potência em encapsulamento SOT223 para montagem SMD, combinados com JFETs, igualmente SMD, de baixa corrente, com referências seguramente específicas da PS Audio (por exemplo K4NL6) porque não aparecem em qualquer fabricante nem no SMD Codebook que cobre praticamente tudo o que existe na versão SMD. Estes componentes discretos são complementados com dois Ampops duplos 4522-2 da Analog Devices, Trata-se de amplificadores operacionais de alta qualidade, como uma resposta em frequência que pode ir até 3 MHz, baixa corrente de polarização da entrada e funcionamento estável numa configuração de ganho unitário. Ao que pude perceber, sem ter o esquema electrónico comigo, deverão encarregar-se da conversão dos sinais single-ended para diferencial.

Foto 4 PS Audio PMG Sinature pre

A regulação de volume utiliza o Muses 72323, como uma precisão de 0,25 dB, baixo ruído de saída e baixa distorção. O nível de atenuação vai de zero a -111,75 dB mas a PS Audio, infelizmente, apenas apresenta o nível de volume no mostrador em valores numéricos que vão de 0 a 100 e é mesmo pena porque não teria sido muito difícil incluir na programação do microcontrolador do Signature a possibilidade de o utilizador poder escolher entre os dois tipos de apresentação da atenuação – em dB ou através de um valor numérico. Cada um destes circuitos atenua dois sinais, como é evidente, uma vez que a topologia interna do PMG é totalmente balanceada, temos um circuito integrado em cada uma das placas de amplificação, com a Muses a garantir um equilíbrio melhor que 0,1 dB entre os circuitos de atenuação de cada um dos circuitos integrados. A atenuação é controlada no domínio digital aplicando à entrada o 7223 um sinal com uma resolução de 16 bits, sinal este proveniente de um microcontrolador que controla o 7223 e o mostrador do painel frontal. A comutação de entradas efectua-se através de relés dourados da Nexem e mesmo os sinais de entrada do tipo single-ended são convertidos internamente para balanceados já que os circuitos de amplificação funcionam no modo diferencial puro.
Fica aqui uma nota para o controlo remoto que acompanha o PMG Signature o qual, em minha opinião, tem demasiados botões e, sinceramente, estava à espera de algo melhor num equipamento que tem a chancela “Signature”. A proliferação de teclas torna-se confusa a utilização, até porque tem dois controlos de volume (!), e podemos por vezes activar ou desactivar o que não queremos. Eu sei que ele foi pensado para controlar uma vasta gama de equipamentos da PS Audio mas isso não impede que continue a considerar que há algo a melhorar aqui.

Foto 5 PS Audio PMG Sinature pre

As especificações do PMG Signature são do melhor que alguma vez vi: um nível de ruído de -145 dB, uma distorção máxima mais ruído menor que 0,0003% a 1 kHz e uma distorção de intermodulação (IMD) de 0,0005% para um sinal com uma amplitude de 1 V. O crosstalk (diafonia) é de -135 dB e o nível máximo de saída é de 9 Vrms nas saídas single-ended e 18 V nas balanceadas, para uma impedância de saída de 100 ohm. Já a impedância de entrada é de 50 kohm nas entradas single-ended e de 100 kohm nas balanceadas com a resposta em frequência a estender-se dos 5 Hz aos 500 kHz, -3 dB. Nada mal mesmo!


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