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Prévio PS Audio PMG Signature

Prévio PS Audio PMG Signature

Jorge Gonçalves

11 setembro 2025

Um mundo de silêncio e transparência ao serviço da música


Audições


O PMG Signature foi inserido no meu sistema habitual, formado pelo conjunto de electrónica Inspiration 1.0, da Constellation, substituindo neste caso o prévio deste conjunto, e tendo como fonte digital o Roon Nucleus Plus, alimentado pela fonte de alimentação Ferrum Hypsos, com o iFi Audio Pro iDSD como descodificador D/A e renderer de MQA (descodificação completa) e, no domínio analógico, o gira-discos Basis com braço SME V Gold e cabeça Air Tight PC1 Supreme, sendo o prévio de gira-discos o Nagra CLASSIC Phono. As colunas eram as Diptyque DP 140MkII, e os cabos de interconexão e coluna eram predominantemente da gama Select, da Kimber, com o AudioQuest Thunderbird ligado entre o iFi Audio Pro DSD e o prévio da Constellation. Na alimentação de sector pontuava a régua Vibex Granada Platinum, à qual ligavam todos os equipamentos electrónicos em uso, sendo o amplificador de potência da Constellation alimentado através do cabo Tiglon TPL-2000A. O Silent Power LAN iPurifier Pro, acompanhado pelo cabo de Ethernet AudioQuest Cinnamon, tomou conta das ligações à Internet. Uma vez que o PMG Signature privilegia as ligações balanceadas foram estas que foram utilizadas, quer entre o prévio e as fontes, quer entre ele e o amplificador de potência Constellation Inspiration.

Foto 6 PS Audio PMG Sinature pre

O tempo de rodagem foi relativamente curto, uma vez que o prévio já tinha estado em utilização na Imacustica. E a minha notas começam com Melody Gardot, a cantar Baby I’m a Fool, um voz extremamente natural a sair do silêncio absoluto. Perto do final há algo como um toque descuidado no microfone ou coisa parecida, pela qual nunca tinha dado pela presença com este nível de imediaticidade, apesar de já ter posto esta faixa a tocar um largo número de vezes. E que notas de piano belíssimas ouvi, com um tempo de decaimento altamente natural na Sonata para Violoncelo e Piano, Opus 18, III andamento - Andante,de Rachmaninoff, interpretada por Andrei Korobeinikov (piano) e Johanes Moser.
E eis que me apeteceu ouvir um clássico do rock – Sympathy For the Devil, dos Rolling Stones, numa remasterização a 24 bits/192 kHz –, quase que fiquei a dançar no sofá e admirei de sobremaneira a grande transparência nas vozes e instrumentos na entrada e velocidade alucinante nos transientes. Em seguida, dentro do mesmo «tom», Highway to Hell, outro clássico, desta vez dos AC/DC, a 24 bits/96 kHz ilustrou como deve ser reproduzida uma batida de bateria: ritmo de uma precisão embriagante e peles a deixarem no ar o seu perfume. Esta é mesmo uma sensação que fica no ar quando se ouve o PMG Signature – é como que uma ligeira fragrância de perfume mas suave, fresca e revigorante, não daqueles aromas enjoativos como usava uma vizinha minha de uma outra casa em que morei que, em meu entender, era como se despejasse um frasco de Bien-être na cabeça todas as manhãs pois ao entrar no elevado ficava quase enjoado com o cheiro a perfume. Nada disso, tudo se resume a um extremo gozo ao longo das audições, com uma sensação final que está entre o cativante e o inebriante.
E, uma vez que estava na onda dos clássicos, porque não ouvir Hotel Califórnia, dos Eagles, a partir de mais uma remasterização para 24 bit/96 kHz? Clássico mais clássico que este não há pois foi ouvido centenas e centenas de vezes em shows e apresentações que tiveram lugar em quase tudo o que é recanto neste mundo. A entrada da guitarra no início da faixa aparece no meio de um silêncio sideral e a batida bateria sentiu-se mais do que em qualquer outra ocasião em que já ouvi esta obra eterna a que se deixou injustamente de dar valor em face da excessiva utilização atrás mencionada. O PMG Signature veio ajudar a que, pelo menos para mim, ela tenha sido recuperada. Quase a fechar o rock veio November Rain, dos Guns N’Roses, com o sintetizador na entrada a marcar a melodia e a percussão a preparara a entrada de Axl Rose com o seu inconfundível estilo de voz. É difícil não apreciar o modo como o trabalho da banda foi colocado em tão natural evidência pela mestria do desempenho deste excelente prévio.

Foto 7 PS Audio PMG Sinature pre

Mas faltava ainda Child In Time, dos Deep Purple, faixa em que a transição da enérgica parte instrumental para a parte vocal, perto dos 6 minutos, ocorre de uma maneira tão natural, tão, saída de um silencia quase «negro» que causa uma vez mais surpresa, como deve acontecer quando ouvimos musica: se o silêncio entre notas é indubitavelmente muito importante, o factor surpresa também o é, pois a sua presença é o que faz com que a audição de música não seja uma tarefa cheia de acomodação e habituação, o que é enfadonho, mas sim uma redescoberta permanente de sons e melodias de que tanto gostamos. De algum modo, esta nuance que faz toda a diferença faz-me lembrar a afirmação, creio que de Humberto Eco, de que gosta mais de reler do que de ler. E ouvir boa música com este PMG Signature é como um releitura completa das nossas músicas favoritas.
E que «releitura» fiz da danças Sinfónicas, de Rachmaninoff, na versão que Bernstein escreveu para West Side Story, interpretada pela Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Barenboim! Vida, dinamismo, transientes cortantes, tudo estava presente e fez com que quase tivesses o corpo de baile completo ali na minha frente, tal como no filme em que Natalie Wood tem uma interpretação notável. Algo que se destaca igualmente no PMG Signature é a imagem espacial holográfica, mesmo quando se ouvem obras sinfónicas tais como Romeu e Julieta, de Rimsky-Korsakov, em intervêm inúmero instrumentos e intérpretes, sem o PMG perder nunca a ideia de onde cada um está e que funções tem, bem como com que relevância nos deve ser apresentado. A propósito desta bela obra, não posso deixar de destacar a «brutal» intensidade de graves patente na Dança dos Cavaleiros, com a Diptyque a debitarem cá para fora intensidades acústicas que poucas vezes lhes detectei.

Foto 8 PS Audio PMG Sinature pre



Conclusão


Este é um daqueles produtos que irá, sem dúvida, ficar na história da PS Audio e que bem merece ter atrás de si a chancela de uma marca com 50 anos: o design é absolutamente de nível excepcional e as características reflectem isso mesmo, a transparência algo do outro mundo, a velocidade de resposta a transientes idem, idem, tal como o é o silêncio entre notas. A configuração totalmente balanceada ajudará seguramente para a obtenção destes resultados mas a prova final está na qualidade de audição. Merece a companhia dos melhores produtos e aí será imediatamente evidente o que é que um grande prévio pode fazer por um grande sistema.


Préamplificador PS Audio PGM Signature
Preço                 13 990 €
Contacto           Imacustica