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Cabo de interligação ZDL Delirium

Cabo de interligação ZDL Delirium

Jorge Gonçalves

17 janeiro 2024

A verdade da música


A ZDL é uma marca de cabos de fabricação nacional que começaram a ser divulgados a nível restrito nos círculos audiófilos mas rapidamente extravasaram o seu âmbito. Em termos práticos, a ZDL nasceu em Janeiro de 2020, quando começaram as primeiras experiências, como resultado do entusiasmo que surgiu após a confecção de um cabo digital, com condutores de prata 925 (também chamada Prata de Lei), utilizado numa combinação Wadia WT3200 CD/Wadia X32 – a performance obtida superou em muito aquilo que se tinha conseguido com outros cabos de diferentes marcas.
Seguram-se outras experiências que confirmaram claramente que vale a pena prosseguir a investigação e, após três anos e meio de trabalho porfiado encontrou-se uma solução que permitiu desenvolver três gamas de cabos pertencentes a níveis diferentes de preços. Toda a actividade tem sido desenvolvida em ambiente familiar, sendo que a designação ZDL corresponde ao apelido de família, Zagalo de Lima.

Delirium 1

Mário Zagalo é o responsável pela idealização, design e desenvolvimento dos Cabos ZDL. A sua formação académica em Conservação e Restauro de Obras de Arte, pelo Instituto José de Figueiredo, em Lisboa, bem como a experiência acumulada ao longo do seu percurso profissional, permitem-lhe ter um conhecimento abrangente da interacção entre diferentes tipos de metais e da natureza dos materiais utilizados, desde o isolamento ao tipo de fichas.
Entre as áreas profissionais que Mário Zagalo explorou está a ourivesaria nas suas componentes metalúrgica, técnica e artística. A atitude analítica exigida pela área profissional a que se dedicou, aliada à persistência e à sua paixão audiófila e musical, permitiram chegar a níveis de qualidade assinaláveis, facto este que foi comprovado através de testes de audição realizados em estúdios profissionais e salas de música privadas, testemunhados por profissionais e audiófilos exigentes.
A primeira conclusão foi que a prata tende a transmitir as frequências mais altas de forma nítida e detalhada; o cobre, por outro lado, fornece-nos as frequências mais baixas e confere calor e emoção ao som.
A seguir, foi analisado o isolamento dos condutores, nomeadamente o tipo de materiais a utilizar, os chamados dieléctricos. Depois de experimentar vários tipos de materiais compósitos, como teflon e silicone, concluiu-se que o algodão era o material preferido: com este tipo de protecção / isolamento o som foi transmitido de uma forma muito mais aberta, fluida e até doce.

Delirium 2

Na sequência destas conclusões, era imprescindível ver se o “mito da prata pura”, tão divulgado entre aqueles que já experimentaram diversos tipos de cabos, se confirmava. Mário Zagalo concluiu que este metal em seu estado mais puro proporcionava imensos detalhes, sempre muito nítidos, embora causando fadiga em curto prazo. Foi então decidido adicionar cobre, testando várias proporções entre os dois metais para a fabricação dos condutores de ligação. Esta foi uma experiência fascinante e, depois de uma tarefa persistente e árdua, chegou-se à composição ideal para a liga de prata, aquela que se apresentou como a melhor solução, a mais equilibrada. Mas o trabalho ainda não estava terminado e seguiu-se o estudo das formas e geometrias dos condutores, que foi outro momento extraordinário porque permitiu testar alternativas que como que possibilitavam a manipulação do som como se ele fosse um material passível de ser esculpido. Ao longo de uma prolongada conversação telefónica, Mário Zagalo confidenciou-me que tem na sua oficina dois laminadores feitos em Portugal, com motores eléctricos que lhe permitem obter fios com um comprimento máximo de 10 metros. Depois de ter atingido já uma capacidade de produção razoável já não era fácil apoiar-se apenas na fabricação caseira dos fios metálicos e hoje em dia eles são produzidos numa unidade industrial já de alguma dimensão. Os fios de liga de cobre têm um diâmetro de 0,7 mm e os de liga de prata 0,5 mm. Depois de trefilados os condutores são espalmados para ficarem com mais secção. Todas as séries utilizam combinações de fios de liga de prata e de cobre, variando a quantidade desde um total de 3 condutores até um máximo de 9 no caso do Vibrato.
O alvo deste teste é um cabo de interconexão não balanceado da gama intermédia (entre a Equilibrium e a Vibrato), com a designação Delirium e que ganhou essa designação graças aos resultados surpreendentes das experiências de audição. Dentro da gama Delirium existem diversos tipos de cabos tais como: interconexão balanceados e não balanceados, coluna, digitais, alimentação e jumpers para crossovers das colunas. O aspecto exterior é semelhante ao dos cabos das outras gamas: uma fita espalmada, protegida externamente por uma bainha de algodão (neste caso de cor vermelha), e sendo as fichas de ligação da WBT.


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