Herdeiras de uma nobre tradição
Introdução
A JBL é uma empresa norte americana que dispensa apresentações. Fundada em 1946 por James Bullough Lansing é uma das mais antigas marcas de alta-fidelidade em laboração contínua. A JBL faz hoje parte do grupo Harman International, por sua vez subsidiário da Samsung. Desde sempre associada à construção de colunas de som para os mercados doméstico e profissional, a JBL possui actualmente no seu portefólio produtos tão diversos como barras de som, colunas portáteis Bluetooth, auscultadores e até mesmo uma completa e prestigiada gama de produtos de áudio para o automóvel.
Nos anos 70 no século passado a JBL apostou muito forte no mercado doméstico, sendo que o original modelo L 100 se tornou um campeão de vendas, superando todos os seus principais rivais. Não apenas no mercado doméstico, mas também no sector profissional, a década de 1970 viu uma grande expansão da JBL, com uma grande quantidade de prestigiados estúdios de gravação a adoptarem colunas da JBL como ferramentas de trabalho. Não apenas com o modelo L100, mas também com as L112, L150, L150 e L250, a JBL marcou de forma muito vincada a produção de colunas de som, e de uma forma indelével a memória dos audiófilos que cresceram durante as décadas de 1970 e 1980.
Descrição
As L100 MKII são um modelo de visual vintage, baseado na caixa das L100 originais, embora com altifalantes e circuito de crossover perfeitamente actualizados, como não podia deixar de ser. São umas colunas de três vias, com umas dimensões que a JBL refere como de prateleira, mas que dificilmente poderão ser instaladas em qualquer prateleira europeia. Por outro lado, como colunas de chão e com umas dimensões de 642,9 x 389,9 x 365,1 mm (AxLxC), as L100 MKII são demasiado baixas para utilização como colunas de chão. A solução está nos suportes desenvolvidos para elas, nomeadamente os JS-150 e JS-120 que não apenas elevam as colunas por forma a alinhar a altura do tweeter com os ouvidos de uma pessoa sentada, como impõem à coluna uma inclinação por forma de alinhar temporalmente a resposta dos três altifalantes.
A qualidade de construção é adequada. Simples, austera e robusta, mas sem luxos. Os acabamentos são de boa qualidade, nomeadamente o folheado de madeira de nogueira, mas não existem quaisquer luxos que apelem à vista. O orçamento foi gasto onde mais interessa, na escolha dos melhores componentes possíveis dentro do escalão de preços em que se inserem. As grelhas estão disponíveis em três cores distintas, preto, azul e laranja, e possuem um desenho que ajuda a dar um ar mais leve e vivo a um design naturalmente pesado.
As unidades activas constam de um impressionante woofer de 30 cm realizado em polpa de papel, num estilo inconfundivelmente JBL. Esta é uma unidade moderna e de construção maciça, com um chassis fundido, um sistema de motor potente e o cone realizado em polpa de papel nervurado. Trabalhando em conjunto com o pórtico reflex frontal de grande diâmetro, e tendo também em consideração a considerável volumetria da caixa, é o responsável pela capacidade das L100 MKII gerarem sons graves intensos, ainda que não propriamente extensos, a altos volumes de som, sem indícios de esforço ou compressão.
O woofer passa o testemunho para a unidade de médias frequências de 13 cm a 450 Hz. Esta unidade também utiliza um cone de polpa de papel, mas neste caso revestido com um polímero para melhorar o controlo de ressonância. O tweeter possui uma cúpula de titânio, opera a partir dos 3,5 kHz até ao limite superior de cerca de 40kHz (valor dentro dos limites de -6 dB). Esta cúpula possui um contorno suave para amortecer as ressonâncias e um guia de onda abaulado, além de uma lente acústica para controlar a dispersão. Portanto, tudo tecnologia actual, embora visualmente as colunas remetam para a década de 1970 por razões puramente estéticas que estão actualmente muito em voga.