Um OLED altamente luminoso
Visionamentos depois de calibração
O 55S95C trazia já uma rodagem bem razoável quando chegou às minhas mãos pelo que passei de imediato à fase da calibração com o Blu-ray 4 K da Spears&Munsell., com imagens próprias para conteúdos HDR. Em termos de visionamentos recorri a algumas imagens do YouTube, bem como a discos Blu-ray 4K tais como Blade Runner 2048, 2001 Odisseia no Espaço, Velocidade Furiosa X e Dunquerque, reproduzidos através do leitor Panasonic DP-UB9000. Foram igualmente visionados alguns conteúdos Netflix e YouTube e ainda alguns ficheiros de vídeo de alta qualidade armazenados numa pen USB. Tenho que destacar aqui que a selecção entre alternativas de cada menu não é muito ergonómica: em vez de se seleccionar de imediato uma opção tem que se ir carreando na tecla OK para saltar de uma para outra, sem se ter uma visualização imediata de todas as alternativas de escolha. Pena, igualmente, a presença de algumas palavras em brasileiro, tais como «alto-falantes». Mas, infelizmente, hoje pouco há a fazer porque quase todos os fabricantes utilizam as ferramentas de tradução do Google que não têm português de Portugal como opção, apenas uma designação genérica deignada “Português” que, pela minha experiência, nem é carne nem é peixe e produz erros de gramática que se farta.
Para se poder visualizar todas as opções há que ir a «Todas as Definições». Em termos de modo de imagem acabei por optar pelo modo Padrão com alguns ajustes na luminosidade, no contraste e na nitidez, esta sempre a zero nos meus ajustes. Interessante ainda a possibilidade de ajuste entre as cores verde e vermelha (Vr/Vm)para jogar com a saturação de cor e os tons de pele, e ainda o facto do equilíbrio de brancos se poder fazer entre 2 pontos e 30 pontos. Quanto ao Gamma, acabei por o deixar ficar em BT.1886, a definição da ITU para a norma norte-americana REC 709.
A imagem oferecida pelo Samsung TQ55S95C é mesmo muito boa com sinais SDR, seja através de um canal TDT ou na presença de um DVD. Graças a uma reprodução de negros quase perfeita (tecnologia auto-emissiva), a dinâmica da imagem é verdadeiramente de arregalar o olho. Mas, como não podia deixar de ser, é na presença de um sinal HDR que o Samsung TQ55S95C revela todo o seu potencial, fundamentalmente como resultado do seu elevado pico de luminosidade. Tendo como referência essa luminosidade, os negros retintos da tecnologia OLED proporcionam uma dinâmica sem precedentes. Da mesma forma, o desempenho do televisor em termos de volume de cor permite a reprodução de imagens com cores ricas e sustentadas. Um verdadeiro fogo-de-artifício de cores e luzes para maior legibilidade e uma sensação de maior nitidez.
Os originais Blu-ray 4K Ultra HD encontram aqui um parceiro de eleição para explorar todas as suas características, principalmente todos aqueles que tenham processamento HDR de alta qualidade e banda sonora a condizer. Para ser simples e sucinto, o Samsung TQ55S95C tem uma das melhores qualidades de imagem que me foi dado apreciar em qualquer tecnologia de painel, conseguindo um equilíbrio «quase» perfeito entre zonas escuras e outras de alta luminosidade. Deixo apenas aqui a indicação de que, numa sala escura iluminada por uma luz adicional, dependendo da colocação desta e, portanto, do ângulo de reflexão da luz no ecrã, esta pode aparecer com tons ligeiramente arroxeados e os pretos ficam um pouco cinza. Mas é uma pequena anomalia que pode ser facilmente resolvida deslocando, por exemplo, o ponto de iluminação para trás do televisor, simulando assim um pouco a função Ambilight que existe nos televisores da Philips e que, dizem muitos, até é bastante benéfica para a vista. Isto sem falar que é improvável que esse problema se manifeste naturalmente, no meu caso foi necessário algum trabalho em volta da localização exacta do ponto de luz para detectar este efeito.
Quando se liga um PC ao televisor surge de imediato uma «barra de jogos», a qual reúne todas as informações num só local, permitindo assim configurá-lo de forma fácil e rápida de acordo com os seus gostos. Esta barra de jogos também fornece informações valiosas, por exemplo, o número de quadros por segundo com que a imagem é apresentada. O modo Super Ultrawide GameView oferece aos jogadores a possibilidade de jogar em diferentes proporções de imagem – 16:9, 21:9 ou 32:9, se a placa gráfica e o jogo o permitirem, claro, e com barras pretas.
No que se refere ao som, em utilizações genéricas é mais ou menos convincente, com boa audibilidade de diálogos, mas nada a fazer quando se vê um filme, aqui uma barra sonora é fundamental para nos sentirmos imersos numa boa banda sonora Dolby Atmos.