Chord Mojo 2

Leonel G. Marques

20 abril 2023

Um dos mais avançados DAC / amplificadores de auscultadores do mercado (e cabe no bolso): O Mojo 2 da Chord

A tecnologia traz-nos grandes e pequenos avanços que só em conjunto são capazes de transformar efectivamente o nosso mundo. Por exemplo, já tínhamos telemóveis que muitos usavam para ouvir música, acedendo a serviços de streaming disponíveis na Net. Mas para os audiófilos, essa solução nem se colocava devido à fraca qualidade dos DACs envolvidos e dos auscultadores habitualmente utilizados. Depois começaram a aparecer monitores de alta qualidade e sobretudo DAC e amplificadores de auscultadores de grande qualidade (por exemplo, o Mojo da Chord) mas faltava uma coisinha qualquer. A coisinha que faltava era o Mojo 2 e no teste abaixo, explico porquê.

O Mojo original já tinha características muito avançadas em termos da sua arquitectura de software, concebida e desenvolvida pela Chord. Aquilo que torna únicos o Mojo e o Mojo 2 é a utilização de uma plataforma FPAG. Um FPAG (Field Programming Gate Array) é um circuito integrado feito de material semicondutor que pode ser reprogramado ou configurado por programadores ou projectistas exteriores ao processo de fabrico original para atender a necessidades específicas das funções que se pretende que o circuito cumpra. Este recurso diferencia os FPGAs dos ASICs (Application Specific Integrated Circuits). Este último é explicitamente construído desde a origem para um determinado objectivo, que não se pode alterar mais tarde. Os chips dos DACs são todos ASICs mas o Mojo e o Mojo 2 são FPGAs. Supostamente o DAC ideal deveria ser um chip criado ad hoc (um ASIC) mas os FPGAs permitem evolução mais rápida e o mítico DAC da Chord, o DAVE, é um FPGA e, quanto a isso, estamos conversados.

Descrição

O Mojo 2, tal como o seu predecessor, é um equipamento muito compacto (cabe mesmo facilmente num bolso) com as dimensões de 83 mm x 62 mm x 22,9 mm e um peso de 185 g. É negro, construído em alumínio aeronáutico ultrarresistente, com duas saídas de 3,5 mm para auscultadores e do lado direito com entradas para USB micro, USB tipo C (uma novidade relativamente ao Mojo, e que permite a transferência mais rápida de dados), SPDIF coaxial e SPDIF Toslink e, ainda, uma entrada USB micro extra para carregamento. Por cima, apresenta o logo e quatro botões coloridos (e não três como no Mojo) e que mudam de cor consoante a função ou a intensidade. Um dos botões é para ligar / desligar e no outro extremo está o botão de funções. Os dois botões do meio servem para escolher a intensidade do volume ou o nível de baixos e agudos. O código de cores continua a ser de assimilação não imediata, é preciso estar sempre a confirmar no manual mas depois torna-se mais intuitivo e é menos complicado que o do Mojo.

O Mojo 2 pode ser utilizado como DAC / amplificador de auscultadores num sistema áudio ou como equipamento móvel OTG (on-the-go). Quando é usado num sistema, a bateria deixa de carregar e a ligação USB micro dedicada funciona apenas como uma normal entrada de corrente. Quando é utilizado no modo OTG, a bateria, depois de completamente carregada, tem uma autonomia de 12 horas. A autonomia da bateria foi um dos aspectos grandemente melhorados no Mojo 2 através da reprogramação do FPGA.
O Mojo 2 tem a potência de saída a 1 kHz/300 Ω  de 90 mW e a 1 kHz/30 Ω de 600 mW. A impedância de saída é de 0,06 Ω, a gama dinâmica de 125 dB e a distorção harmónica total (THD) a 2,5 V/300 Ω  de 0,0003 %.
Quando acoplado com o Pollyo Mojo 2 ganha capacidades de streaming, tal como acontecia com o Mojo.

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