NAD C700

Leonel Garcia Marques

24 julho 2022

Na Mouche!

No filme “Este País Não É Para Velhos” dos irmãos Cohen, o homem que contrata Carson Wells (Woody Harrelson) para eliminar Chigurh, o assassino em série protagonizado por Javier Bardem, pergunta quão perigoso é, de facto, Chigurh e Carson Wells responde: “Comparado com quê? A peste bubónica?” E essa é a pergunta essencial – comparado com quê? –, no mundo do áudio, quando dizemos que um equipamento é bom. É bom comparado com o topo de gama? Com o modelo anterior da mesma gama? Com as nossas expectativas? Vou propor um termo de comparação que considero adequado, “comparado com os objectivos do fabricante”. E como a NAD diz, no seu sítio de Internet: “Este leitor de rede é construído para representar uma solução de grande valor e alto desempenho, uma solução “basta juntar colunas”, para a era moderna de transmissão contínua de dados (streaming). É ao C700 que a citação se refere, e é do C700 de que falaremos neste teste.

Descrição

O C700 é pequeno, elegante e de boas famílias. O revestimento é alumínio e de cor negra e de dimensões excepcionalmente “arrumáveis” com 218 x 96 x 266 mm (L X A X P), e isto incluindo os pés desmontáveis e os terminais, e 4.8 kg de peso. O C700 apresenta um ecrã colorido de alta definição de 5 polegadas, que ocupa ¾ do seu painel frontal e que mostra as capas dos álbuns, o nome da faixa e o tempo decorrido da mesma e as opções gerais de funcionamento. À esquerda do ecrã existem apenas um grande botão redondo de volume e duas pequenas teclas de funções que em conjunto permitem implementar a maior das operações (embora, claro, a aplicação BluOS seja sempre mais conveniente). Na parte de cima tem o logo da marca. No painel traseiro apresenta a habitual parafernália de ligações: IR (para comando de infravermelhos), que permite IR Learning para codificação dos códigos da App BluOS, trigger de 12V para sincronização com outros equipamentos NAD, dois pares de entradas em linha por RCA, ligação RCA de saída para transformar o C700 num prévio, outra saída para subwoofer, entradas digitais SPDIF, coaxial e Toslink, HDMI eARC, a qual permite a ligação à TV, uma ligação USB para situações de manutenção, uma entrada RJ45 LAN, uma entrada USB para fontes de armazenamento (formatadas a FAT32), saídas para colunas e entrada do sector. E, finalmente, ao canto superior direito, um pequeno botão para colocação em repouso.

O componente de amplificação de potência do C 700 recorre a uma arquitectura HybridDigital UcD que fornece 2 x 80 W continuamente e mais de 2 x 120 W instantaneamente, permitindo uma reprodução realmente dinâmica, e tem as seguintes características específicas a merecer maior realce: potência continua de saída a 8 ohm:> 80 W (ref. 20 Hz-20 kHz ao nível indicado de THD+N, para dois canais) e a 4 ohm:> 100 W; distorção harmónica total + ruído – THD+N (20 Hz – 20 kHz) ao nível indicado de potência de 8 ohm: menor que 0,04 % e a 4 ohm: inferior a 0.04 %; relação sinal/ruído melhor que 84 dB (ponderação A, 500 mV de sinal de entrada, ref. 1 W a 8 ohm); frequência de resposta a ±0,18 dB de 20 Hz a 20 kHz; separação de canais melhor que 93 dB; sensibilidade de entrada (para 80 W sobre 8 ohm): 550 mV.

O DAC utiliza um chip ES-9010 da ESS Sabre e suporta resoluções até 24 bit/192 kHz e é compatível com os principais formatos de ficheiros áudio (mas não ficheiros DSD).
O C700 é compatível com a App BluOS para Android, iOS, macOS, e Windows, a qual permite o streaming multissala até 63 zonas, descodifica ficheiros MQA e integra inúmeras estações e serviços da NET como a Amazon Music Ultra HD, Deezer, Idagio, Qobuz, e Tidal, assim como servidores locais. E, é claro, o C700 dispõe de ligações sem fios Bluetooth de última geração.

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