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Wilson Audio Sabrina V

Wilson Audio Sabrina V

Jorge Gonçalves

21 outubro 2025

Um V de vitória – as Sabrina V são maneirinhas mas têm tudo o que encanta nas maiores.


Audições


As Sabrina V entraram no meu sistema habitual, formado pelo conjunto de electrónica Inspiration 1.0, da Constellation, tendo como fonte digital o Roon Nucleus Plus, alimentado pela fonte de alimentação Ferrum Hypsos, com o iFi Audio Pro iDSD como descodificador D/A e renderer de MQA (descodificação completa) e, no domínio analógico, o gira-discos Basis com braço SME V Gold e cabeça Air Tight PC1 Supreme, sendo o prévio de gira-discos o Nagra CLASSIC Phono. Substituíram as Diptyque DP 140MkII que ocupavam na altura a posição de elementos finais do sistema, e os cabos de interconexão e coluna eram predominantemente da gama Select, da Kimber, com o AudioQuest Thunderbird ligado entre o iFi Audio Pro DSD e o prévio da Constellation. Na alimentação de sector pontuava a régua Vibex Granada Platinum, à qual ligavam todos os equipamentos electrónicos em uso, sendo o amplificador de potência da Constellation alimentado através do cabo Tiglon TPL-2000A. O Silent Power LAN iPurifier Pro, acompanhado pelo cabo de Ethernet AudioQuest Cinnamon, tomou conta das ligações à Internet. Como é meu hábito de há algum tempo, as audições foram todas feitas com as grelhas das colunas retiradas.

Foto 5 Sabrina V

A rodagem das Sabrina V foi algo totalmente desnecessário porque elas já vinham com um muito razoável número de horas de utilização na Imacustica e o posicionamento não deu igualmente quase trabalho nenhum, não só porque é muito fácil encontrar a posição ideal em termos de imagem espacial, como porque os Miguel da Imacustica me emprestou umas bases de Teflon para assentar os spikes e esse modo foi facílimo movimentá-las, acabando as Sabrina por ficar não muito fora da posição que já está definida para as Diptyque.
E começo por destacar a faixa Black Coffee, interpretada por Mary Stalings: uma voz perfeita, de timbre bonito de morrer, com uma dicção que permite ouvir deliciadamente todos os vocábulos e fonemas. Uma grande verdade se pode dizer sobre estas Sabrina V: elas falam connosco através dos e das grandes intérpretes, dando-lhes alma, emoção, calor q.b., enfim tudo aquilo que nos faz gostar da boa música. Com elas não se ouvem cabos, sistema, electrónica, streaming ou seja lá o que for que não tenha minimamente a ver com a fruição da boa música. Adaptando o lema da B&W: é ouvir e acreditar. Experimentem, por exemplo, ouvir I Get A Kick Out Of You, onde temos um encantador diálogo entre a voz de Ella Fritzgerald e o piano de Oscar Peterson, com Ray Brown no contrabaixo a fazer contraponto. Uma interpretação sublime e a que estas Wilson fazem honra com todo o gosto!

Foto 6 Sabrina V

Fecho este naipe de balas interpretações vocais femininas (e não só) com Madeleine Peyroux cantando To Love You All Over Again. Temos aqui uma percussão nada menos que perfeita por parte de Vinnie Colaiuta na bateria e Larry Klein no baixo, a definir um compasso de precisão sem falhas com a bonita voz de Madeleine que foi a autora da composição e a canta com um poder emocional e comunicacional único e cada vez mais raro nos tempos que atravessamos.
E que bom foi ouvir o Quarteto de Cordas de Oslo a tocar (não é engano, não!) exactamente o Quarteto Para Cordas nº.15, de Schubert, no andamento Scherzo Allegro Vivace. Um som mavioso das cordas, que jogos de virtuosismo e timing entre intérpretes, que respiração entre notas!

Falta apenas falar na suprema qualidade do grave das Sabrina V patente, por exemplo, em duas músicas bem conhecidas dos Rolling Stones – Brown Sugar e All Burden. O rock viveu sempre de um forte impacte do som da bateria e outros instrumentos de percussão e tem que ser ouvido alto q.b., ou então perde aquela sensação de estarmos no concerto ao vivo. Pois com estas colunas o rock é mesmo vivo e agitado como deve ser, nada de «lesmices», com as pancadas de percussão a baterem forte na caixa do peito, com poder, precisão e extensão, e mesmo beleza, sim, porque por mais que se diga que os sons graves não têm directividade e que nada mais interessa neles que a «pancada» ser mais ou menos forte, ouçam com atenção e vão sentir de imediato se tudo está bem ou não, se as notas saem no momento certo e se «dialogam» com as notas de outros instrumentos. E com as Sabrina V os graves são pura e simplesmente bonitos de morrer e com todos os condimentos necessários em termos de energia.

Foto 7 Sabrina V

Ao mesmo tempo, o tweeter das Sabrina V está colocado à altura perfeita para os meus ouvidos quando estou sentado no meu local preferido de audição, criando um saborosíssimo «sweet spot», suave, pleno de informação espacial a três dimensões e mais algumas pois o som ouvido entrava já no nível celestial que seguramente está na 5.ª ou 6.ª dimensão, e alvitro isto com um bom grau de certeza, embora não tenha ouvido falar de alguém que lá tenha estado e voltado para contar o que viu e ouviu. Para mim ficou-me como lembrança o sentir-me o mais próximo possível desse espaço privilegiado, o que me é mais que suficiente pois, para além ter sinceras dúvidas quanto aos meus méritos para lá entrar e residir, prefiro manter-me cá por estes lados mais uns tempos.


Conclusão

As Sabrina V tocam com um ritmo absolutamente preciso, sempre no momento certo, sem qualquer sensação que são três unidades activas actuando em conjunto. Há uma música de country de que gosto muito - She’s Got the Rhythm (And I Got the Blues) – de Alan Jackson e Randy Travis. Adaptando este título creio que a descrição correcta para aquilo que elas fazem é: They have got the rythm. Não creio que seja preciso dizer mais em termos de pura performance.

Foto 8 Sabrina V

Claro que não podemos fugir à velha questão do preço. E não há dúvida de que as Sabrina, aliás os produtos High-End em geral, têm visto o seu preço subir de maneira marcante, basta ver o meu teste de 2015 que apontava para algo como um pouco acima dos 20 000 euros, naquela altura. Não é agradável, mas há que reconhecer que o custo de vida em geral sofreu um acréscimo bem notório ao longo de 10 anos e, ao mesmo tempo, tem que se ter em conta que estas colunas não são exactamente um bem de primeira necessidade – destinam-se àqueles que têm posses e um sistema de áudio com uma performance que as faça brilhar e que seguramente ficarão muito felizes a ouvi-las, espero eu que por bastante tempo. Recordo-me ainda que quando testei a primeira versão destas Wilson disse: “as Sabrina como que definem um novo standard por si próprias – quem não gostaria de ter «quase» umas XLF em casa com esta volumetria e a este preço?” Pois posso concluir esta minha análise dizendo que esta frase continua neste momento a ser perfeitamente válida.


Colunas Wilson Audio Sabrina V

Preço           39 990 €
Contacto     Imacustica 

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