TCL n.º 1 em 98 polegadas e muito mais que isso
A TCL reuniu em Varsóvia o painel de especialistas de vídeo da EISA para fazer uma apresentação completa e minuciosa de toda a sua nova gama para 2023, incluindo uma nova versão do seu espantoso televisor de 98 polegadas de diagonal de ecrã.
Marek Maciejewski, director de desenvolvimento de produto para a Europa, foi o «mestre-de-cerimónias» de todo o evento e começou por fazer uma resenha do que tem sido o mercado de televisão nos últimos anos, focando em especial o mercado europeu. E a realidade é que, depois da pandemia, em que houve um amplo crescimento global do mercado que chegou a atingir 50 milhões de unidades num ano, a situação em 2022 e 2023 começou a estabilizar, estando prevista a venda de 32 milhões de televisores em 2023, 90% dos quais com capacidades smart.
Processo de renovação de televisores na Europa.
Por outro lado, foi interessante constatar que desde algo como 2014 até esta data o consumo dos televisores de tamanho mais popular não sofreu grandes variações, ou seja, temos hoje em dia televisores de 55…65 polegadas, os dois tamanhos mais procurados, a consumirem praticamente o mesmo que os de 40 a 45 polegadas de há 7…8 anos atrás. A tecnologia tem evoluído e melhorado mas os consumidores querem hoje em dia televisores de maior dimensão, pelo que os ganhos conseguidos em termos da topologia electrónica destes acabam por não ser tão evidentes assim, uma vez que um televisor maior tem um maior número de dispositivos luminosos no ecrã. Outro aspecto focado por Marek foi o de que o 8K não parece ter tido um grande sucesso na Europa, embora esteja a funcionar relativamente bem na China.
O 8K ainda tem muito que andar na Europa.
Desde 2010 que a TCL se tem concentrado em desenvolver novas tecnologias de painel e um dos grande exemplos disso são os grandes avanços em termos da tecnologia míni LED que este ano disponibiliza ecrãs com uma número bem maior de zonas de controlo de iluminação. Será muito difícil prever o que serão as tecnologias de ecrã do futuro, e a TCL concentra as suas atenções em várias direcções, como a impressão de painéis OLED por jacto de tinta, bem como no aumento da velocidade de refrescamento para 240 Hz em painéis HVA.
No que se refere ao desenvolvimento presente de televisores há aspectos muito importantes a ter em conta e o upscaling de qualidade é um deles. Isto porque, por exemplo, apenas 10% dos assinantes da Netflix está no nível máximo de qualidade 4K, como os restantes a aceitarem o SD como uma opção. E há aspectos muito importantes a ter em conta quando se usa esta tecnologia, como por exemplo a distinção entre o que faz parte do fundo e o que está em primeiro plano, recorrendo-se à IA para se conseguir um maior relevo das faces humanas e de objectos situados no plano principal da imagem. O aumento da intensidade global da imagem, mantendo a uniformidade de iluminação em toda a superfície do ecrã é outro grande desafio e na tecnologia mini LED a TCL conseguiu já atingir níveis uniformes de luminosidade de 2000 nit. E isto levanta uma outra situação que poucos notam que é o facto de com 24p a elevados níveis de luminosidade se detectarem mais facilmente as transições entre quadros pelo que, aos nosso olhos, temos como que um tremeluzir permanente da imagem que se torna cansativo. Daí se ter avançado de modo relativamente rápido para 60 Hz e mesmo 120 Hz. E mesmo Hollywood começa a gora a produzir filmes no formato digital a 48 Hz. E o Dolby Vision é também alvo de grande atenção por parte da TCL que suporta de maneira entusiástica a versão IQ devido à sua capacidade de, em conjunto com um sensor de luminosidade ambiente, se adaptar automaticamente ao nível de luz que excite no local de visionamento. Os novos televisores para 2023 serão todos Calman Ready e permitirão mesmo o upload dos valores ideais de calibração a partir de uma pen USB. Em termos de áudio suportarão, para além do formato Dolby Atmos, o DTS Virtual X.
Ter a possibilidade de apreciar tantos televisores diferentes é algo difícil de repetir.