Uma combinação de estalo
A Exaudio assumiu este ano a distribuição da TAD e estava já agendada há algum tempo uma visita às suas instalações para ouvir as Evolution Two, o que acabou por se concretizar com um duplo bónus: a possibilidade de ouvir não só o conversor Bricasti M1, ligado ao prévio M20 e com o amplificador de potência a alimentar as TAD, como na surpresa do recentemente chegado leitor de CD /SACD D1000TX.
As Evolution Two são o segundo modelo de chão da TAD e estão equipadas com um tweeter de berílio de 25 mm de diâmetro com a directividade controlada através da análise em computador, combinado com duas unidades activas com diafragma de material composto MACC (Multi-layered Aramid Composite Cone) com uma tampa central que elimina as ressonâncias e uma bobina de voz longa que se move dentro de uma ranhura estreita por onde sai o campo magnético extremamente linear. O pórtico bass-reflex está situado na base da coluna e tem duas ranhuras, radiando assim para trás e para a frente. O crossover foi igualmente alvo de todo o cuidado, com a malha separadora do woofer de baixo montada em separado para evitar interferências com as outras unidades activas. Os terminais de ligação são duplicados, permitindo a bicablagem.
O leitor de CD/SACD D1000TX é o mais recente leitor digital da áudio da TAD e está equipado com entradas digitais em especial uma USB assíncrona que aceita ficheiros PCM com resoluções até 24 bit/384 kHz e DSD até DSD256., complementada por uma óptica, 2 coaxiais e uma XLR. A gaveta de transporte foi desenvolvida pela TAD e está montada numa estrutura de alumínio sólido com 8 mm de espessura, estando o laser de leitura equipado com um sistema óptico do tipo de plano conjugado infinito que consegue uma focagem quase perfeita das marcas no disco que contêm a informação.
A combinação das TAD com a electrónica Bricasti, que tem uma sonoridade que me fez lembrar um dos amplificadores que mais me marcou no meu percurso audiófilo, o Mark Levinson N.º 27.5, um amplificador de potência que tem uma gama média e aguda do mais bonito e coerente que ouvi, agradou-me de imediato. E foi toda essa coerência, combinada com um controlo de grave quase férreo, que tanto me cativou e levou a ficar por um longo tempo ouvindo Norah Jones, a Sinfonia Fantástica quase toda e um leque variado de outros tipos de música. Tudo isto só pelo prazer de ouvir, até porque não estava perante uma situação de estar a testar qualquer equipamento, apenas a apreciar boa música reproduzida de maneira impecável por um sistema de áudio que cumpria na perfeição o conceito de que um bom sistema deve retirar-se de cena e deixar no palco apenas a música e nada mais que isso. E essa qualidade tem valor mais que suficiente para justificar uma visita à Exaudio. Por mim estou ansioso por ter em casa o D1000Tx para um teste completo.
Foi ainda possível «dar uma volta» neste conjunto da Audio Note.