Prémios EISA 2019-2020, os melhores dos melhores
Depois de 25 anos a divulgar as selecções dos melhores produtos disponíveis para os consumidores europeus, eis que em 2018 e 2019 essa lista se expande de modo a abranger não só a Europa como três outros continentes, num alargamento do conceito original. Alargamento esse que, em meu entender, foi algo precipitado, pois veio tornar menos fluido o processo de discussão e votação, já que nem as videoconferências conseguem obviar às diferenças de fusos horários e, além disso, uma boa parte dos equipamentos de vídeo e fotografia, apenas como um exemplo, têm características e mesmo referências diferentes de continente para continente. Este alargamento implicou mesmo que o E inicial de EISA tenha mudado de European para Expert, algo que certamente poucos detectaram, embora não deixe de marcar uma mudança de rumo. Mas, tudo pesado, chegámos a conclusões que apontam para propostas de grande qualidade nas mais diversas áreas e são essas escolhas nas áreas de alta-fidelidade, cinema em casa e TV e vídeo que se encontram patentes nas páginas que se seguem.
As tecnologias inerentes às diversas áreas da electrónica de consumo movem-se rapidamente, desvendando cada vez mais possibilidades de utilização de cada equipamento, quer por si próprio quer em articulação com outros. E é interessante verificar que o áudio continua a atrair a atenção dos projectistas, não fundamentalmente em termos de novos formatos, mas muito mais no que tem a ver, por exemplo, com as capacidades de controlo por voz e funcionamento multiroom. E os novos televisores abrem janelas quase panorâmicas para um mundo quase infindável de capacidades de organização e controlo dos mais diversos dispositivos caseiros através do grande ecrã. A inteligência artificial e a Internet das Coisas cada vez mais se aproximam uma da outra, aguardando-se apenas alguma uniformização de normas para que a vida do consumidor fique (ainda) mais fácil. Por outro lado, desvendam-se qualidades de apresentação de imagem que eram quase inimagináveis aqui há poucos anos – o 8K veio para ficar e, cumpra ou não o 5G as suas promessas de velocidade de acesso quase sem limites, os conteúdos passarão a chegar até nós de uma maneira completamente diferente do que tem acontecido até agora. Já lá vão quase dez anos desde o dia em que, em conversa com um fabricante de equipamentos de som e imagem, alvitrei que no futuro tudo seria móvel e deixaria de haver necessidade de volumosos equipamentos para apreciarmos conteúdos de elevadíssima resolução, quer em vídeo quer em áudio. Levou um pouco mais do que eu esperava mas essa realidade está agora a bater-nos à porta. Veja com atenção as descrições e as fotos que se seguem e maravilhe-se com as fascinantes propostas que estarão no mercado este ano e no próximo.