Jazz-Fusion: a revolução sonora dos anos 70 no novo auditório da Imacustica.
A Imacustica convidou todos os que apreciam verdadeiramente jazz a embarcar, no dia 4 de Outubro, numa viagem pela história do jazz de fusão, um dos movimentos mais marcantes e transformadores do século XX.
Mais uma vez, Carlos Saraiva esteve no comando da sessão e falou sobre diversos álbuns, entre os quais o icónico Bitches Brew, de Miles Davis, o qual assinalou o início de uma verdadeira revolução no jazz. Combinando o improviso e a liberdade criativa do género com a energia do rock, do funk, da música oriental e até da música erudita, nascia aquilo que viria a ser conhecido como jazz-fusion.
Carlos Saraiva conseguiu prender os ouvintes durante quase 2 horas sem que alguém tivesse vontade de sair.
Um estilo inovador que incorporava influências diversas de compositores clássicos como Heitor Villa-Lobos e Richard Strauss, até à irreverência do Hard-Bop, criando uma sonoridade vibrante e disruptiva, que permanece actual até hoje. Neste evento, foi possível revisitar a obra de alguns dos maiores intérpretes e solistas da história do jazz-fusion, tais como: Chick Corea (piano e teclados), Stanley Clarke (baixo), George Benson (guitarra), Wayne Shorter (saxofone), Tony Williams (bateria) e vários outros. Fiel à sua missão de proporcionar experiências musicais genuínas, os excertos musicais foram sempre reproduzidos a partir do analógico, ou seja, discos de vinilo, respeitando a riqueza tímbrica e a autenticidade sonora das gravações originais. Pelo meu lado, destaco a audição da faixa Little Train, contida no LP White Rabbit, de George Benson, uma verdadeira maravilha em termos melódicos e rítmicos, resultado da brilhante execução de artistas tais como Herbie Hancock, Ron Carter, BillY Cobham e alguns outros, para além de Benson himself, claro.
Manuel Dias está uma vez de parabéns pela arrojo de ter criado um novo espaço dedicado para albergar as Saturday Mornings.
Esta verdadeira celebração do jazz e das suas transformações ao longo das décadas, uma excelente oportunidade de compreender a relevância do jazz-fusion e de experienciar a beleza dos seus sons em condições acústicas de excelência, foi muito bem recebida e teve uma audiência de cerca de 50 entusiastas da música que puderam inaugurar o novo espaço exclusivo destinado a este tipo de actividades que a Imacustica criou.
Trata-se de uma sala de amplas dimensões onde cabem 50 a 60 pessoas sentadas e com um tratamento acústico muito bem implementado que permite escutar música a níveis bem elevados de SPL sem quaisquer sensações ligadas a cansaço e com uma segurança e limpidez assinaláveis. Está de parabéns a Imacustica por ter investido nestas excelentes condições de audição, continuando assim o seu percurso de promover a audição de música nas melhores condições possíveis, como os bons equipamentos a cumprirem a sua função de serem apenas um veículo de transmissão daquilo que é recolhido na fonte, neste caso o sulco do disco, para o ouvinte, nada menos, nada mais.
Com uma combinação destas – Constellation Audio Centaur +Virgo, gira-discos EAT e prévio de gira-discos HSE Swiss - a alimentar as Wilson Audio Alexia, e a mestria do Carlos Barbosa, nenhuma música pode soar mal.
No dia 11 de Outubro, no Porto, pelas 11h00, irá repetir-se esta manhã dedicada à descoberta e à escuta deste género que redefiniu as fronteiras do jazz e abriu caminho a uma nova estética musical. Se ainda não está registado para receber o convite vá a Imacustica_registo de clientes